PETROBRÁS: OS AMERICANOS E O XISTO DA MARIANA PIMENTEL

OS AMERICANOS E O XISTO DA MARIANA PIMENTEL (MATÉRIA DELETADA DO BLOG POR ATAQUE DE HAKERS ALOPRADOS)

         Conforme informações oriundas da AIE – Agência Internacional de Energia a produção de petróleo oriundo do xisto até 2019, nos EUA, atingiria a casa de 5 milhões de barris por dia fazendo concorrência, por seu baixo custo, ao petróleo obtido naturalmente e distribuído pela OPEP – Organização dos Países Exportadores de Petróleo nos quais estão como sócios tradicionais produtores como Arábia Saudita, Iraque, Venezuela e outros. A América do Norte, de importadora de petróleo e energia em geral passaria à exportadora até o ano de 2035. Outro detalhe é o gás produzido através do xisto. “Embora favorável à energia renovável, o governo do presidente Barack Obama apóia a produção do gás de xisto, mesmo com a controvérsia ambiental que cerca a questão. Por três motivos. Em primeiro lugar, o gás natural é o menos poluente dos combustíveis fósseis, uma vantagem para um país que usa carvão e petróleo para gerar energia. A Agência Ambiental Americana (EPA, na sigla em inglês) credita a melhora geral da poluição atmosférica no país nos últimos anos ao aumento no uso do gás de xisto. Em segundo lugar, há vantagens econômicas indiscutíveis. O gás de xisto fez o preço do insumo cair nos EUA de US$12 para US$3 por milhão de BTU (sigla para british termal unit, “unidade térmica britânica”, medida para gás). Para comparar, o preço do gás convencional no Brasil custa entre US$ 12 e US$ 16 por milhão de BTU. A queda de preços faz os EUA importarem menos petróleo, explica o físico José Goldemberg, “uma vez que o gás vem substituindo derivados do petróleo tanto na indústria quanto no transporte”. Os americanos passaram até a exportar gás de xisto. A terceira razão é geopolítica: a autossuficiência energética livraria os EUA da dependência de fornecedores problemáticos e/ou potencialmente hostis, como os países árabes e a Venezuela. Como efeito colateral, a saída do mercado do megacomprador norte-americano baixaria os preços do petróleo e até poderia inviabilizar alguns projetos de produção, salienta Goldemberg. “Até a exploração do pré-sal no Brasil poderia ser afetada pela queda dos preços produzida pelo gás do xisto”, adverte o físico.”Revista Planeta – 27.06.2014)  A BBC informa em notícia de 04.04.2014 que “o Santo Graal dos presidentes americanos ao longo das últimas quatro décadas, de Richard Nixon a Barack Obama, têm sido a independência energética – e, graças ao gás e petróleo de xisto, esse sonho pode se tornar realidade em breve. A Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) e a petrolífera BP acreditam nisso e prevêem que os Estados Unidos obterá essa independência em 2035. Obama também faz essa aposta. “Depois de falarmos nisso durante anos, finalmente estamos preparados para controlar o nosso futuro energético”, disse ele em um discurso no ano passado. O país não parará de importar energia da noite para o dia, mas ser autossuficiente gera grandes implicações não só para os Estados Unidos, mas também para o resto do mundo. Veja a seguir quais seriam algumas dessas implicações: Economia americana: No ano passado, os Estados Unidos gastaram US$ 300 bilhões na importação de petróleo. Isso representa quase dois terços de todo o déficit comercial anual do país. Essas importações estão sugando centenas de bilhões de dólares por ano da economia americana.” Enquanto os Estados Unidos das Américas a maior potência tecnológica, industrial e militar marcha inexoravelmente para a pesquisa e o aprimoramento da exploração do xisto em suas várias alternativas o Brasil opta pelo pré-sal. “O Brasil explora o xisto em escala industrial desde 1972, quando a Petrobras abriu uma refinaria de Industrialização do Xisto, a SIX, em São Mateus do Sul (PR). A cada dia, cerca de 7 mil toneladas da rocha são retiradas do solo por técnicas de mineração, moídas e submetidas a altas temperaturas. Desse processo são obtidos diariamente quatro mil barris de petróleo, além de derivados como o enxofre. A atividade apresenta dois impactos ambientais salientes. O primeiro, ligado ao processo de abertura das minas, implica a retirada da vegetação e do solo. O segundo, relacionado ao processamento e refino, emite gases-estufa. A Petrobras afirma que controla as emissões e recupera em escala industrial as áreas exploradas desde 1979. Um estudo da Universidade Federal do Paraná feito em 2009 reforça essa tese, ao mostrar que o solo original e o recuperado tinham composição química bem parecida. Por outro lado, uma pesquisa do Instituto Ambiental do Paraná, órgão fiscalizador do Estado, revela que a SIX foi multada em 2004 e 2006 por descumprir normas de qualidade de água. Outro estudo, do geólogo Helvio Rech, da Universidade Federal do Pampa (RS), detectou que a exploração do xisto está diretamente relacionada à incidência de problemas respiratórios na população de São Mateus do Sul. Como diz a IEA, um déficit persistente pode desacelerar o crescimento econômico, da manufatura e do emprego.Se forem independentes nessa questão, os Estados Unidos não só gastariam bem menos com energia mais barata que é gerada no próprio país, como também usaria o dinheiro gasto atualmente com produtores americanos. A independência dos norte-americanos viria apenas com o gás e petróleo de xistos em abundância e baratos. Isso pode levar os Estados Unidos a uma era de ouro na manufatura. Os preços da energia americana são menores que os da Europa e do Japão. Isso, junto com os salários em alta na China e o aumento da produtividade de fábricas dos Estados Unidos, faz com que empresas americanas estejam analisando trazer – algumas já o fazem – sua produção de volta ao país. A situação do preço da energia se evidencia cada vez mais. Aqui no Brasil e notadamente no Rio Grande do Sul sofremos reajustamentos na energia elétrica de 25% a 29%. A Petrobrás para baratear  custo da energia está investindo até 2030 22 bilhões de dólares em infraestrutura de transporte para distribuir o gás oriundo do pré-sal quando também a maturação dos investimentos no próprio pré-sal chegaria a um clímax. Enquanto isto não chega o governo brasileiro estuda elevar a mistura de etanol para 27,5% na gasolina. Conforme informações constantes na obra de Michael Holz, “Do Mar ao Deserto – A evolução do Rio Grande do Sul no Tempo Geológico” – (Editora Ufrgs – 1999) quase 90% das reservas brasileiras de carvão são do Rio Grande do Sul e situam-se das regiões de Butiá, Arroio dos Ratos alastrando-se numa profundidade de 600 metros até o litoral das praias gaúchas sendo que embaixo das cidades litorâneas de Osório, Tramandaí e Capão da Canoa existem imensas reservas de carvão coqueificável. (opus citae – fls. 72\73). Na visão dos americanos – e eles estão fazendo pesquisas e aplicações neste sentido com vista a sua independência energética – estamos sentados em cima do ouro. Os americanos sabiam isto desde o tempo da 2ª guerra mundial. Por volta de 1985 conheci na Mariana Pimentel os irmãos Baidek que eram irmãos de um vizinho meu na Linha Flores, o Sr. Boleslau Baidek. Através desta relação familiar e das amizades fui visitar os Baidek em seu sítio original ali na Mariana Pimentel na estrada que vai para Barão do Triunfo. Recebido de forma cavalheiresca e hospitaleira pela família de Ana Baidek fui introduzido em sua casa principal para tomar um licor de preparo caseiro. Ao entrar na casa tive uma surpresa inesperável pois os móveis que guarneciam o ambiente eram de um luxo inesperado para o local e as pessoas que habitavam aquela casa todos agricultores de origem e costumes muito simples. Indaguei da origem daqueles móveis vergados estilo tonnet austríacos – fui casado com Rita Gerdau que faleceu e era uma das herdeiras de tradicional família produtora destes móveis no Rio Grande do Sul. Os colonos me contaram uma história incrível: Disseram-me que sua mãe, Ana Baidek a matriarca e já viúva, havia adquirido ou ganhado os móveis de um americano chamado Lang que fazia pesquisas com xisto na Mariana Pimentel no tempo da guerra. Eles me descreveram um aparelho enorme que o americano utilizava para difracionar os subprodutos do xisto que era extraído – conforme me relataram – do Serro Negro que fica em frente a cidade de Mariana Pimentel. Lá naquele serro, conforme me relataram há dois tipos de grotas ou grutas. Algumas feitas pelos índios e bugres que habitavam a região e outras feitas, com auxílio de operários, pelo cientista americano que operava esta torre de refração onde em várias micro chaminés saiam chamas. Fiquei surpreso e daí dei tratos ao meu pensamento fazendo uma excursão estratégica geopolítica sobre as alternativas de obtenção e produção de energia naquela época. Lembro-me que meus país e avós relatavam a substituição do uso da gasolina pelo gasogênio onde se adaptava um aparelho atrás dos carros e queimava-se carvão para obter o gás que fazia os automóveis rodarem. Naquela época os aliados em guerra contra o Eixo – Alemanha, Itália e Japão estavam numa luta em todos os continentes para assegurarem o domínio das zonas produtoras de petróleo e energia. A Alemanha atacava diretamente a URSS em seu coração energético tentando conquistar, através de longo sítio, a cidade de Stalingrado hoje cognominada Volgogrado, atingindo assim os campos petrolíferos russos e o domínio do abastecimento energético farto para enfrentar a longa guerra contra os aliados já que as divisões panzer de Von Rommel não conseguiam dominar o Egito e dali ameaçar os campos petrolíferos do Oriente Médio em mão dos aliados ingleses. A perda do Sudão pelos italianos e o exército de Mussolini deixou o Eixo exposto a carência de energia para fazer frente a guerra. A possibilidade de vitória numa ou outra destas frentes fazia com que os americanos altamente pragmáticos não descartassem outras alternativas do suprimento de energia, inclusive o óleo descoberto por Lang no Cerro Negro da Mariana Pimentel. Fico encafifado pensando: A segunda guerra mundial, de infeliz memória, terminou antes do meu nascimento mas a guerra pela sobrevivência do abastecimento energético continua com as suas modernas relativizações que são advindas do processo de poluição e aquecimento da atmosfera com todas as consequências climáticas, ambientais e patológicas para o ser humano, animais e cobertura vegetal. As pesquisas americanas, datadas desta época deste americano que esteve anonimamente na cidade e município de Mariana Pimentel, que dista uns 70 km de Porto Alegre, mostra e comprova que estamos sentados em cima de uma mina de ouro energética praticamente inesgotável pois se as reservas de petróleo do mundo atingem bilhões de barris as referentes ao carvão e ao xisto ultrapassam trilhões de barris ofertando, a longo prazo, dependendo do desenvolvimento tecnológico que elimine o processo de poluição, o fornecimento infinito em quantidade e no tempo suprindo as demandas da humanidade pela energia tão vital para que nossas máquinas funcionem e produzam.

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