OS REIS DA GREVE SÃO CONTRA A GREVE – Uma homenagem aos meus colegas da polícia federal que permanecem firmes na trincheira!!!

Este artigo eu escrevi com o foco em Lula, no entanto, hoje, poderia trocar o título para OS REIS DA GREVE SÃO CONTRA A GREVE. Tanto Lula como Dilma nasceram na prática do contra, literalmente na contramão do regime. Na permanência desta postura é que galgaram as posições que desfrutaram ou ora desfrutam, titulares do poder maior. Ficaram, comparando-se seus patrimônios com os dos cidadãos comuns, bem dizer ricos através do discurso “do contra”. No poder, inverteram suas posturas como a tese defendida pela velha e antiga chamada “análise transacional” cujo best seller, “Eu estou OK. Você está OK?” desnudava a hipocrisia de suas atuais posições. Leia o texto que permanece atual inclusive para enquadrar a “Presidenta.” Hoje, no Brasil, temos um legítimo governo “nacional socialista pluriracial”. Sim é um regime pleno de sincretismo político pois invertendo a teoria racial de Hitler utiliza-se do mesmo tipo de aliança com o grande capital industrial, v.g., Thyssen Krupp, desonerando impostos e tributos e inclusive rebaixando o preço da energia diretamente para os acionistas e grandes potentados usufruam do repasse do capital público diretamente para suas bruacas privadas. Acho que os trabalhadores públicos e privados devem ter na memória, na hora do voto, a consciência de saber para quem estas figuras realmente governam pois no momento do convencimento e do proselitismo político clamam em nome do povo e dos trabalhadores mas, na hora do governo real, continuam com a velha política conhecida de “socializar prejuízos e privatizar os lucros”. Os municípios e estados da federação quando descobrirem que o rebaixe da energia afetará suas receitas, também perderão seu sono e sorriso como nós trabalhadores públicos já perdemos nossas ilusões nestas lideranças camaleônicas. Acompanhem a atualidade do artigo abaixo:
O REI DA GREVE É CONTRA A GREVE!

Imaginem Roberto Carlos contra o iê-iê-iê, ou Pelé contra a marcação de gols ou, ainda, a rainha Xuxa contra os baixinhos. Impossível, pois todos eles foram parar onde estão coroados, por fazerem exatamente o que sempre fizeram. No entanto há um soberano que, por ter sido rei da greve, hoje está presidente. É ele o Excelentíssimo Senhor Luiz Inácio Lula da Silva. O rei da greve, hoje, é contra a greve. Não necessita ser adulto e maduro para inferir, pois qualquer súdito da Xuxa, na inocência dos seus 5 anos, provocado, concluiria: O Rei Roberto, a rainha Xuxa e o rei Pelé, são coerentes. O ex-Rei Lula, não é.

Muitos jovens, através dos exemplos ministrados por figuras públicas já concluíram, destroçando sua formação, que a coerência que existe para uns, para outros é mero aparato funcional ou, pode-se dizer assim topográfico. A moral topográfica é aquela de ocasião. Pode ser trocada como a indumentária. Na planície o macacão, em casa a samba-canção e no planalto o terno ou jaquetão.

A coerência de usar a incoerência teve seu precedente em FHC, quando exclamou: Esqueçam o que escrevi. Passando a fazer tudo ao contrário.

Poder-se-ia concluir, que a regra de coerência, quando é aplicável a pessoas comuns, funciona. Mas, quando aplicada à função de Presidente, excepcionalmente, não funciona. Ali, nestes últimos tempos, todos traem seus ideais. A lógica, cotejada com os fatos, é irretorquível.

Há um adágio popular que reza “faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço.” Ele demonstra cabalmente que a sabedoria popular, já de há muito, identificara a hipocrisia da ética da incoerência.

No fosso profundo que medeia entre dizer e fazer e vice-versa, o governo Lula não é como o de Fernando Henrique, na única coisa que distingue seu governo do dele, pois Fernando Henrique fez contra o que disse e, Lula, ao contrário, diz contra o que sempre fez.

Sérgio Borja – Professor de Direito

Deixe uma resposta