ANIVERSÁRIO DE ANA

FB_IMG_2816695093891308678

ANIVERSÁRIO DE Ana G de Borja Mercereau ! MEMÓRIA DO DISCURSO a ser feito na festa a ser realizada em comemoração na Maison de l’Amérique latine, 217 Bd Saint-Germain, 75007 Paris, antecipando o milagroso dia 2.08.1982, festa no dia 8 de julho:

Para Ana

Dois anos depois do nascimento de minha primogênita dediquei-lhe um livro e uma poesia que assim dizia:

Teu nome
Minha filha
É como estrada amiga
Vai e volta
Que seja assim contigo
Caminho de ida
Para abraçar
As estrelas
Da mente
Caminho de volta
Para não ter
Saudade da gente

Não te dou
A liberdade
Ela é tua
Como é teu
O choro
Clamando
Pelos teus
Morangos de leite

Sê exigente
Pois esta vida
É sede
Como o seio
Da tua mãe
É contente

Vai minha filha
Vai ser mulher
Vai ser anjo
Com asa de gente

Vai minha semente
Deste amor
Que me faz
Vai amar
Sofrer não é luxo
O mundo
É o mundo
Apesar de incoerente!

Esta poesia com certeza vinha impregnada no teor dos versos do poeta Khalil Gibran e do grande filósofo e pensador, que foi o filho de Deus, Jesus Cristo ensinando o desapego através de seu poema no Sermão da Montanha sendo que a propriedade é um mito poético que se esvanece na efemeridade de nosso tempo…
Rita tua mãe colou num velho armário da tua bisavó Lúcia Warlich Gerdau um poema de Gibran que cantava e a todos ensinava:
“Vossos filhos não são vossos filhos
São os filhos e as filhas da ânsia da vida
Por si mesma
Vêm através de vós, mas não de vós
E embora vivam convosco, não vos pertencem
Podeis outorgar-lhes vosso amor, mas
Não vossos pensamentos
Porque eles têm seus próprios pensamentos
Podeis abrigar seus corpos, mas não suas almas
Pois suas almas moram na mansão do amanhã
Que vós não podeis visitar nem mesmo em sonho
Podeis esforçar-vos por ser como eles,
Mas não procureis fazê-los como vós,
Porque a vida não anda para trás e não se
Demora com os dias passados.
Vós sois os arcos dos quais vossos filhos
São arremessados como flexas vivas.
O arqueiro mira o alvo na senda do
Infinito e vos estica com toda sua força
Para que suas flexas se projetem,
Rápidas para longe.
Que vosso encurvamento na mão do
Arqueiro seja vossa alegria.
Pois assim como ele ama a flexa que voa,
Ama também o arco que permanece
Estável.

Assim com base nestes vetores ensinei aos meus filhos por atos a serem livres e buscarem suas essências e sonhos…
Há um provérbio espanhol que diz: Jo no lo creio em las bruxas mas que las hay hay e outro que diz que entre o céu e a terra há mais mistérios do que a vã filosofia fala ou pensa saber…não sou voltado a crença em superstições mas assobrado com o Infinito Universo e estupefato com a pretensão do Finito tentar ler ou entender o Infinito lembro-me de uma película que reproduzia restos de uma batalha da antiguidade onde restos de um exército romano atulhavam uma praia no norte da África com bigas quebradas, espadas, escudos e corpos de guerreiros mostravam os destroços da pugna…surgem dois centuriões quase únicos sobreviventes…sedentos…cansados…feridos…e olhando o mar desesperados montam com os destroços das bigas uma pequena jangada onde se aventuram no Mediterrâneo…vão encontrar depois de muito navegar as forças do Consul Cneu Pompeu Magno, que fugia de Julio Cesar seu antigo aliado sendo que na costa do Egito presenciam o seu assassinato ao desembarcar no Egito depois de ser derrotado na batalha de Farsalos…os dois centuriões continuando sua fuga encontram as tropas de Júlio César e relataram perante o vencedor romano suas peripécias na costa africana e seu vagar pelo mar Mediterrâneo até presenciarem o assassinato do inimigo de César, Pompeu! Depois de relatarem esta legítima odisseia para César os personagens retiraram-se e um dos amigos de Júlio César, que depois foi Imperador, disse-lhe: Porque você não os condenou à morte mandando matá-los…eles estiveram com seu inimigo Pompeu? Júlio César lhe respondeu com sabedoria: “ Estes dois homens derrotados na costa da Africa com seu engenho montaram uma balsa e com ela, apesar da sede, do cansaço e seus ferimentos, sobreviveram vindo à encontrar meu inimigo Pompeu dando-me agora, depois de a tudo sobreviverem, de que ele não se opõe mais a mim pois é morto! Assim te digo amigo meu…pense…quão fortes são os Deuses que assistem estes dois homens que a tudo passaram, sobreviveram e vieram a minha presença e sem temor tudo me relataram ? Se eu ordenasse suas mortes por certo contrariaria seus Deuses e, nesta razão, deixei-os livres…
Incrível a sabedoria de Júlio César que embora tenha sido assassinado 44 anos antes do nascimento de Cristo, por razões e silogismos baseados em múltiplos Deuses e desígnios imperscrutáveis que jazem escondidos e ignotos inacessíveis à razão humana, como Cristo, e Julio César não tinha, de alguma forma, não tinha a consciência do Filho de Deus sobre os imponderáveis desígnios do Deus Uno mas, da mesma forma, prostrado perante o Infinito ajoelhava-se e curvava-se ante sua mágica que verte como um parto na voz e oráculos das pitonisas!!! Sim…eu…quando minha filha nasceu presenciei uma menina maga que lia as estrelas, os astros e se dizia discípula de uma grande astróloga, no leito de minha mulher que recém se recuperava da cesárea por qual nascera…cantar e dizer numa língua tão promissora que me arrancaram lágrimas dos olhos…..esta menina…tua filha…te dará tantas alegrias em vida…que tudo o que sonhas-te para ti em heroísmo e conquistas…ela te ultrapassará mil vezes…e por tudo o que fará de forma tão perfeita será tão famosa e sua fama o afagará como pai para todo o teu sempre….ouvirás ainda em vida os feitos desta tua filha que te comoverão como pai….esta maga se chama e ainda vive…Suzana Prade, uma brasileira de origem austríaca e que era namorada de meu irmão….os feitos todos sabem…e eu desde que esta filha nasceu, assim como os demais filhos nasceram, não tolhi o trabalho dos Deuses com a consciência vivida no que escrevi, no que escreveu Gibran, no que pronunciou Júlio César sobre o desconhecido ignoto, que jaz nas mãos dos Deuses, e sem pretensão pois Jesus Cristo no grande Sermão da Montanha disse Não vos preocupeis com o dia de amanhã…não conseguirás prorrogar tua existência com tuas preocupações por um côvado que seja que queiras…olhais os pássaros …que não semeiam….o esplendor dos lírios do campo…que nem Salomão em sua opulência e grandeza podia imitar….
Passados 40 anos e eu já com 72 anos presenciando o milagre e a mágica profunda da vida não consegui criar regras para seu entendimento e perdido entre a grandeza infinita do Universo e de Deus, humildemente como ser finito e efêmero, agradeço aos Deuses de Júlio César, a Rita que me presenteou com seu rebento ANA, a poesia de Gibran e a Jesus Cristo para ser unicamente presença, afeto e exemplo para meus filhos….o mais não sei…ou muito pouco sei…podendo unicamente declamar Baudelaire que em canto mágico entoou:

Enivrez-Vous

Il faut être toujours ivre.

Tout est là:

c’est l’unique question.

Pour ne pas sentir

l’horrible fardeau du Temps

qui brise vos épaules

et vous penche vers la terre,

il faut vous enivrer sans trêve.

Mais de quoi?

De vin, de poésie, ou de vertu, à votre guise.

Mais enivrez-vous.

Et si quelquefois,

sur les marches d’un palais,

sur l’herbe verte d’un fossé,

dans la solitude morne de votre chambre,

vous vous réveillez,

l’ivresse déjà diminuée ou disparue,

demandez au vent,

à la vague,

à l’étoile,

à l’oiseau,

à l’horloge,

à tout ce qui fuit,

à tout ce qui gémit,

à tout ce qui roule,

à tout ce qui chante,

à tout ce qui parle,

demandez quelle heure il est;

et le vent,

la vague,

l’étoile,

l’oiseau,

l’horloge,

vous répondront:

“Il est l’heure de s’enivrer!

Pour n’être pas les esclaves martyrisés du Temps,

enivrez-vous;

enivrez-vous sans cesse!

De vin, de poésie, d’amour ou de vertu, à votre guise.”

POEME EN SINOPSE POUR ANE!

QUEL SERA LE FIL
CE QUI IMPORTE
ET INTÉGRA
CES POÉSIES
COMME UN JEU DE AVELÓRIOS
RÊVÉ PAR HESSE
L’ANALOGIE
A LA LIAME INVISIBLE
L’IGNOTE ET LE FIL INCONNU
SAUVÉ PAR LE MINOTAURE
EN LE PALAIS DU COGNOSSOS !!
DIEUX, SAGES, ORACLE ET PYTHONIS
OREILLES OSCULÉES
QUI RECHERCHE DES SENS
DES LIGNES DIRECTRICES
AVANT LES VENTS ET LES MERS
LA NAVIGATION DE LA VIE IMPRÉCISE
DEVANT LA PRÉCISION DES ÉTOILES
QUI GUIDENT LE NAVIGATEUR
CASQUE PAR ASTROLABS
LA VIE VATICINÉE PAR AUGURIOS
RECHERCHE DE SÉRÉNITÉ
ET LOGIQUE ENTRE IMPONDERABILITÉ
DE JOURS
JÉSUS-CHRIST A PRÉDIT SUR LA MONTAGNE DANS SON POÈME MAGIQUE :
:
NE VOUS INQUIETEZ PAS POUR DEMAIN
CAR VOUS N’AUGMENTEREZ PAS LEUR VIE D’UN CENTIMETRE
MALGRÉ VOS INQUIÉTUDES !
REGARDEZ LES OISEAUX, LES LYS DES CHAMPS
NE SEMEZ PAS, NE PLANTEZ PAS ET ENCORE
NI SALOMON AVEC SON OPULENCE N’A DISSIS LA BEAUTÉ ET LA GRÂCE DU VOL ET DES FLEURS QUI ORNENT LES PRAIRIES !

DIT JULIE CÉSAR À L’AMI CENTURION
QUI LUI A CONSEILLÉ DE TUER DES SOLDATS !
CEUX QUI VIENNENT A MOI
ILS SONT VENUS DANS LE SOUFFLE DE LA BOUCHE DES DIEUX
DIEUX SI FORTS QU’ILS LES SOUTIENNENT
TRAVERSER LES EAUX DE LA MÉDITERRANÉE
ET POUR MOI ILS SONT VENUS APRÈS MILLE PÉRIODES
DE CHANSON HÉROÏQUE
FAITES-MOI LA SCIENCE DE LA MORT DE MON ENNEMI
POMPÉE !
JE NE PEUX PAS DÉFIER ET CONTRAIRER DES VENTS ET DES DIEUX TELLEMENT PUISSANTS
QUI LEUR A DONNÉ LE CHARME DE SURVIVRE
À TOUT!
LES AMIS DES DIEUX NE SONT PAS MES ENNEMIS
SI PUISSANT DONT LE MUR DU DESTIN
PAR DES ROUTES AUTRES À LA CONNAISSANCE HUMAINE
PAR LE DON DES BORDS DES VENTS, LEURS INVENTIONS ET ARTS PAR LA FORCE DU DESTIN IMPRESSIONNABLE SONT VENUS À MOI
AMIS DES DIEUX AUSSI MES AMIS !!

GIBRAN KALIL A CHANTÉ SUR LES ENFANTS, LE DESTIN ET LES LIGNES DIRECTRICES DEVANT L’INFINI MOULIN DU TEMPS ET L’INFINI QUI MARCHE SUR UN MOTEUR SE VIDANT EN CONTINU À TRAVERS LES ATOMES QUI SOUTIENNENT LE PORCHE VISIBLE DE MATIÈRE DE NOTRE MONDE PSEUDO TANGIBLE !
“Vos enfants ne sont pas vos enfants.
Ils sont les fils et les filles du désir de la vie pour elle-même.
Ils viennent à travers vous mais pas de vous.
Et bien qu’ils vivent avec vous, ils ne vous appartiennent pas.
Vous pouvez leur accorder votre amour, mais pas vos pensées,
Parce qu’ils ont leurs propres pensées.
Vous pouvez abriter leurs corps, mais pas leurs âmes ;
Car leurs âmes habitent la demeure de demain,
Que vous ne pouvez pas visiter même en rêve.
Vous pouvez vous efforcer d’être comme eux, mais n’essayez pas de les rendre comme vous,
Parce que la vie ne recule pas et qu’elle ne s’attarde pas avec les jours passés.
Vous êtes les arcs à partir desquels vos enfants sont tirés comme des flèches vivantes.
L’archer vise la cible sur le chemin de l’infini et vous étire de toutes ses forces
Pour que vos flèches se projettent, vite et loin.
Que votre salut dans la main de l’archer soit votre joie :
Car comme il aime la flèche qui vole,
Il aime aussi l’arc qui reste stable.”

ET JE SOUMET AUX ORACLES
ET AU COIN DES PITONISES
ENTENDRE LE PING
DE LA DÉESSE QUI CACHENT LEUR PUDICE
DANS LE MANTEAU DES VENTS
APRÈS LA BLONDE
ONT LU
VOTRE CARTE ASTRALE
MA FILLE
D’UNE RENOMMÉE QUI ME REMPLIRAIT DE GLOIRE
PARCE QUE C’EST LE SIMPLE PESTILE
QUI MET EN COLÈRE LE POLLEM
AU gynécée de ta mère
QUI M’A FÉCONDÉ LES JOURS
DE LÀ À MAINTENANT
JE PEUX SEULEMENT ÉCRIRE
ET VOUS DÉDIEZ CES VERSETS
POUR LA GRÂCE DE VOS JOURS ET DE VOS ACTES
L’IGNOTO AVEC VOTRE INVENTION
DESSINÉ !
UN PALINDROME POUR ANA !

Votre nom
Ma fille
C’est comme une route amicale
D’avant en arrière
ainsi soit-il avec toi
sortie
caliner
Les étoiles
D’esprit
Chemin de retour
ne pas avoir
Personnes disparues

je ne te donne pas
La liberté
elle est à toi
comment va le tien
Le cri
pleurer
pour le vôtre
fraises au lait

être exigeant
pour cette vie
il a soif
comme la poitrine
de ta mère
est heureux

allez ma fille
sera une femme
ce sera un ange
avec les ailes des gens

va ma semence
de cet amour
ce qui me fait
Aimeront
La souffrance n’est pas un luxe
Le monde
C’est le monde
Bien qu’incohérent !

Quarante ans plus tard tu as un anniversaire
Et j’ai déjà 72 ans
Témoin de la magie du temps
Comme Baudelaire je ne peux pas que déclamer
Et chanter:

Enivrez-Vous

Il faut être toujours ivre.

Tout est là:

c’est l’unique question.

Pour ne pas sentir

l’horrible fardeau du Temps

qui brise vos épaules

et vous penche vers la terre,

il faut vous enivrer sans trêve.

Mais de quoi?

De vin, de poésie, ou de vertu, à votre guise.

Mais enivrez-vous.

Et si quelquefois,

sur les marches d’un palais,

sur l’herbe verte d’un fossé,

dans la solitude morne de votre chambre,

vous vous réveillez,

l’ivresse déjà diminuée ou disparue,

demandez au vent,

à la vague,

à l’étoile,

à l’oiseau,

à l’horloge,

à tout ce qui fuit,

à tout ce qui gémit,

à tout ce qui roule,

à tout ce qui chante,

à tout ce qui parle,

demandez quelle heure il est;

et le vent,

la vague,

l’étoile,

l’oiseau,

l’horloge,

vous répondront:

“Il est l’heure de s’enivrer!

Pour n’être pas les esclaves martyrisés du Temps,

enivrez-vous;

enivrez-vous sans cesse!

De vin, de poésie, d’amour ou de vertu, à votre guise.”

PARIS   HOTEL DANEMARK  07.07.2022

SÉRGIO BORJA

Comentários encerrados.