DO DÓLAR ATUAL E EFEITO SANFONA NOS CUSTOS DO BRASIL E A GUERRA DAS MOEDAS

DO EFEITO SANFONA SOBRE OS CUSTOS NO BRASIL SOB A GUERRA DAS MOEDAS E A CRISE

As pessoas que fazem dieta para emagrecer sabem do efeito sanfona em seus corpos. Da mesma forma o processo de emissão monetária ou alargamento da base monetária endógena para induzir a desvalorização da divisa acompanhando a desvalorização do yuan e o acompanhamento do dólar, tentando manter um paralelismo em baixa com o mesmo, leva, com a alteração da política monetária leva à um efeito análogo a este. O governo e as troika Dilma, Mantega e Tombini expandiram no que deu a base monetária e os meios de pagamento através da emissão, do crédito solto, dos subsídios, etc, levando a um processo de desapreciação do real em relação ao dólar em razão da aceleração do processo criando uma sensação artificial de conforto que apelidei Doping Financeiro Eleitoral. Tudo isto para ganhar as eleições! Ganha as eleições no day after a tempestade montada, somada ao processo Guerra das Moedas fez com que a crise tirasse sua máscara e de sopetão se instalasse direto na sala à sol destapado!!! Veio o impeachment e assumiu o Vice, Temer que alterando a política ideológica anterior trocou os cabeças do Ministério da Fazenda e do Banco Central restabelecendo a política de meta-de inflação, com aumento dos juros e da taxa Selic, racionalização de gastos para erradicar o máximo possível os déficits governamentais e, desta política, com a mudança de perspectivas que transformam o cenário econômico através do político que passa a filtrar para o mercado uma mudança de perspectivas, tanto ideológica, com o fim do populismo e regime de demagogia, sendo que o processo de reinvestimento externo recomeça a captar o IED , investimento externo, com uma revalorização do real que é apreciado em 1\4 do valor de face frente ao dólar e 1\8, mais ou menos, frente ao euro. Esta mudança de perspectivas renova às esperanças do Agronegócio que, no governo Dilma sofreu com a queda do real frente ao dólar tendo seus custos de adubagem, sementes e defensivos, aumentado drasticamente, com a consequente queda do preço  das commodities no mundo inteiro por perversão do fenômeno Guerra das Moedas que atinge todos os países produtores de agronegócio. A margem de lucro ou a mais valia do Agronegócio precipitou-se sob o governo Dilma ocasionando o quase colapso da matriz ou aríete financiadora de todos os outros segmentos que lhe são sucessivos conforme a divisão de Colin Clarck, atividade primária, secundária e terciária (com as divisões agregadas pelo avanço do fim do século XX e começo do XXI). Com as novas perspectivas do Governo Temer e o governo de seu excelente ministro Meirelles, que produziu o boom de Lula, sua experiência à frente da economia ensinou-lhe em anos de prática que a única maneira de enfrentar os crescentes déficits era um alinhamento quase paritário entre exportação e importação, com leve vantagem para a primeira e a valorização do câmbio, num valor difícil ou enigmático de descobrir, adaptado ao nível do time da economia e dos índices econômicos do momento. Assim é que logo tivemos uma reação do real frente ao dólar numa apreciação endógena de mais ou menos 1\4 do seu valor de face que mantém-se oscilando frente as surpresas prometidas pela nova política mundial capitaneada pelo Brexit na Inglaterra e a política em sequência de Donald Trump num sentido de protecionismo e nacionalismo frente ao roubo de vagas de trabalho e as transferências de plantas industriais para o Oriente Asiático estabelecido pelo movimento das Multinacionais em busca das vantagens comparativas da Ásia, China e demais países do sudoeste asiático, onde moedas e câmbio com a conjunção de ausência de direitos trabalhistas e previdenciários oferecem uma MAIS VALIA altíssima (a mais alta taxa de retorno do mundo) caracterizando o Dumping Monetário e o Dumping Social que emprestam as mercadorias oriundas destes empórios a mais alta competividade jamais vista no globo. O PROBLEMA no Brasil é que com a mudança de perspectivas e com a apreciação do real, aumenta-se as importações causando um efeito sobre a inflação já mermada em razão do endividamento dos consumidores e empresas; juros extratosféricos que retiram a capacidade de formação de capital de giro financiado; com a retração consequente no investimento e no consumo. Assim é que tínhamos com a retirada do arroxo ao preço do combustível, para salvar a Petrobrás que financiou o preço dos combustíveis desde 2005, abaixo do valor de mercado internacional, a revalorização dos combustíveis que, neste governo atual, a fim de não quebrar a Petrobrás, ficaram num patamar muito elevado sendo duas ou três vezes mais caros que os preços internacionais. Estes custos contaminam a produção do agronegócio pois a matriz energética de tratores e colheitadeiras, ceifadeiras, transporte, etc, é toda feita em cima da energia do fuel oil. Aliando-se a isto o aumento da dívida pública das unidades federativas, municípios e União fizeram que o investimento e a manutenção da infraestrutura de transporte, caísse e tivéssemos a depauperação de toda a infraestrutura viária onerando assim o transporte em razão dos óbices criados para os transportadores agravados com o aumento dos pedágios e do combustível em geral. Se o preço das commodities alternaram-se e abrem-se perspectivas de valorização dos preços no mercado internacional por outro lados os custos fixos de produção, comercialização e transporte, compensando a queda dos insumos importados (adubos, sementes e defensivos) anularam os ganhos havendo um agravamento ainda maior que se precipita, não só sobre o Agronegócio mas sob toda a cadeia produtiva primária, secundária e terciária pois os SALÁRIOS DOS TRABALHADORES foram demagogicamente aumentados em REAL sob o governo DILMA embora em dólar caíssem. No governo Temer, com estas mudanças econômicas começou a ser sentido o EFEITO SANFONA pois não só o REAL APRECIOU como também os SALÁRIOS EM REAIS APRECIARAM DA MESMA FORMA com a valorização perante o dólar retirando assim A MAIS VALIA OBTIDA PELOS EMPRESÁRIOS E, POR CONSEQUÊNCIA AUMENTANDO SEUS CUSTOS EM 25% QUE SE REPRODUZ NOS SALÁRIOS E NO CUSTO SOCIAL DOS RECOLHIMENTOS DEVIDOS!!!!! Assim é que da ESTAGFLAÇÃO emigramos para um processo de ESTAGNAÇÃO pelo aumento de CUSTOS e MAIOR PERDA DA COMPETITIVIDADE POIS ESTA incorpora custos iniciais de insumos básicos, salários, custos sociais, impostos, infra estrutura deficiente ou inexistente, preço alto e impagável do combustível, e tudo o mais que se convencionou chamar de custo Brasil. Assim é que este efeito SANFONA de engordar os CUSTOS está levando ao achatamento da TAXA DE RETORNO que ficou ainda mais estreita e perda maior da competitividade com reflexos na retomada dos investimentos e no ganho de expansão do mercado de trabalho. Na prática andei almoçando num shopping aqui em Porto Alegre e constatei que os preços de restaurantes simples de fast food, onde não há garçons e serviços à francesa, para o público simples, estão com os preços esgarçados idênticos aos preços europeus pois comi uma refeição simples pagando 42 reais o que equivale ao custo de uma refeição no bairro mais chick de Paris, entre 14 e 18 euros, sendo que na margem droit, em Montmartre os preços já ficam menores que aqui e no sul da França, na famosa Cote DAzur, em cidades do interior, os preços já caem abaixo dos preços dos shoppings brasileiros. Eu estou falando de Porto Alegre e não da Av. Paulista onde tudo custa mais do que na Europa ou Estados Unidos. Assim é que o efeito SANFONA que é o inchamento dos SALÁRIOS EM DÓLAR pela apreciação do mesmo, retirando ou diminuindo as margens de retorno dos empresários agravadas pelos impostos, custos sociais, segurança nula, transportes etc, encarecem mais e mais o Brasil tornando-o e importando para o seu interior uma inflação de custos e preços que diminui sua MAIS VALIA coisa que o sudoeste asiático não possui. Assim é que as dificuldades econômicas somam-se ao processo de desabamento do REGIME DO DEVE SER onde o BACHARELISMO FILOSÓFICO das torres de marfim utópicas modulam pelos seus órgãos JUDICIÁRIOS a interpretação da lei e da exigibilidade de UM DEVE SER não concernente com os lucros e a riqueza desta sociedade cada vez mais empobrecida pelo saque da corrupção que leva a falta de legitimidade que por sua vez leva ao desmonte da CONFIANÇA NECESSÁRIA PARA NOVOS INVESTIMENTOS….com os ventos que sopram do mundo, Brexit, Trump, Marine Le Pen, e novos políticos de direita emergentes na Holanda, Bélgica e Alemanha, teremos panos para mangas para que a crise continue comendo o resto de gordurinhas que a sociedade possuía frente à franca implosão do Estado Nacional do DEVER SER ou da SOCIAL DEMOCRACIA GETULISTA que inaugurou sou reino em 1930, nas constituições de 34, 37, 46, 67, 69 e cuja cúspide de aperfeiçoamento histórico é a constituição de 1988 que anexou a estes direitos negativos liberais, os direitos positivos e materiais social democratas e ainda os de terceira, quarta e quinta geração, como aqueles bioéticos, do consumidor, e do meio ambiente. Com o endividamento do Estado Nacional sob o jugo de uma PARTIDOCRACIA CLEPTOCRÁTICA que desgoverna o país com uma política de pandorga sem rabo (louca) sem planejamento de longo prazo e sob as oscilações desta mesma política que causam os EFEITOS SANFONAS aglutinando aos males internos, agregando à eles, OS MALES EXTERNOS ou seja a inflação de CUSTOS que nos colocam numa total perda de COMPETITIVIDADE FRENTE Á CHINA E AO SUDOESTE ASIÁTICO , Coréia, Japão e demais vizinhos…que desvalorizam suas moedas mantendo-as á baixo do dólar e euro e financiando tudo com reservas de divisas trilhionárias em razão do alto superávit em exportações de manufaturados. Esqueci de colocar também que a MAIS VALIA BRASILEIRA vai para o inferno e se perde COM A EXPORTAÇÃO DE PROTEINAS E GRÃOS para estes países que comiam insetos, cães e gatos, e hoje importam carnes nobres de gado, porcos, aves, grãos do Brasil, aumentando ainda mais o custo interno pela ausência da abundância interna causando, pela diminuição de oferta interna, o aumento dos preços para os brasileiros. Em breve os gaúchos do Rio Grande do Sul terão que instituir como comida clássica a PARRILHADA argentina pois a Argentina exporta quase toda sua carne de primeira e de segunda que , pelos preços internos, não são consumidas pelas classes pobres e trabalhadores que comem e dão glamour a ingestão das vísceras dos animais cognominando-a de PARRILHADA!!! Os gaúchos já estão fazendo churrasquinhos de asa de frango e costelas de porcos…que são mais baratinhas…eis o furo da bala desta economia alquebrada que importa para si num legítimo efeito SANFONA os custos internacionais proibitivos para os empresários tupiniquins já assoberbados com impostos e custos sociais refletidos no CUSTO BRASIL!!!  Quosque tandem Catilina abutere patientia mostra!!!

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