DILMA & MANTEGA: E O DOPING ECONÔMICO/ELEITORAL

DILMA & MANTEGA: O DOPING ECONÔMICO/ELEITORAL

                   O doping é uma forma de ludibriar. É utilizado nas disputas. Usualmente em corrida de cavalos e também em certames de esportes entre os humanos: corridas, natação, futebol, lutas etc… Ele potencializa momentaneamente o rendimento obtido pelo corpo e os músculos, sejam eles de animais ou humanos. Dá uma forma de euforia em que a dor é suprimida totalmente e o esforço é assimilado pela potencialização do metabolismo. No entanto, passado seus efeitos, o organismo e a mente sentem violentamente os resultados deletérios causados pelo dope. A economia, embora seja um processo múltiplo e imponderável, pode da mesma forma, sofrer um processo não natural de estímulo artificial não condizente com a realidade dos atos praticados em massa e que configuram sua realização. Através de mecanismos de indução pode-se causar, através da interferência governamental ou dos agentes privados como bancos, a potencialização da mesma que, analogamente, pode-se identificar como um processo artificial de doping econômico com as consequências naturais que inevitavelmente, num prazo de maturação, advirão, destes estímulos artificiais. O Brasil e as demais nações estão passando por um forte impacto causado pelo efeito da GUERRA DAS MOEDAS que é um conceito que expus em meados do ano de 1998, no Jornal do Comércio e em uma série de artigos publicados neste diário e na Gazeta Mercantil. Os Estados Unidos, nos anos 90, seguindo a tese de Robert Mundell, prêmio Nobel de Economia, partiram para o estabelecimento da simetria monetária para obter o acoplamento das vantagens comparativas através do estabelecimento das conexões e soluções com relação às assimetrias econômicas. Os entes multilaterais e os entes regionais foram, dentro desta perspectiva, gerando uma série de reticulados que articulados em conjunto com esta política econômica de um processo de dolarização – currency board – levaria inevitavelmente de um processo de comércio a um processo de aglutinamento político federativo inevitável consolidando o processo de globalização que contém em seu cerne o processo de relativização das diversas soberanias estatais. Fernando Henrique Cardoso e Menen seguiram esta cartilha e fatalmente foram a bola da vez como as demais nações que adaptaram suas economias a este desiderato, seja, o estabelecimento de um regime de currency board em alta. Falhada esta possibilidade os EUA, a partir de 2004, procederam a uma maxidesvalorização de mais de 30% no dólar, enfrentando assim a concorrência do euro, e daí para cá persistiram neste desiderato rumando para o estabelecimento de um regime de currency board ou dolarização não na alta, como da vez anterior, mas na baixa. O dólar a contar de 2004 sofreu um processo de desvalorização constante fazendo com que as moedas secundárias, entre elas a do Brasil, ficassem valorizadas. O governo Lula não sentiu tanto o problema pois viveu entre o fim do currency em alta e o começo do currency em baixa. A China Comunista Continental, que possui uma das moedas mais baixas do mundo, com um contingente humano que não tem direitos sociais, isto é previdenciários e trabalhistas, numa aliança com o GRANDE CAPITAL INTERNACIONAL que para lá emigrou, alavancou o processo de aliança com os americanos pois foi o receptáculo – efeito parking – dos dólares americanos que compõem a base monetária desta moeda internacional, propiciando, ao mesmo tempo, através do dumping monetário e social, já descritos, uma potencialização dos produtos ali industrializados, com marcas internacionais (grifes) e próprios do capital monopolista ocidental com base em seu território, os lucros e a sinergia deste capital. Cooptando a China os americanos passaram a dominar todos os países componentes dos BRICS pois eles são, além de disporem dos maiores territórios e matérias primas, os que mais dólares possuem pelo efeito parking desta moeda. (A moeda norte-americana é dominante na circulação internacional e todos os contratos, cartões, petróleo, commodities, são liquidados nesta moeda e assim, a fraqueza do dólar é sua força) Assim é que os países com moedas valorizadas passaram a ser assediados pelas mercadorias de lá provenientes em face de suas vantagens comparativas oriundas de sua situação de vantagem monetária e da falta de direitos dos trabalhadores que atribuem um custo menor a produção oferecendo um preço final com grande competitividade. A queda do dólar constante e a apreciação das moedas, como no caso do Brasil, em face da diminuição das exportações e do aumento de importações, levou a necessidade do governo de forçar a desvalorização do real. Este processo foi obtido através da política de congelamento dos salários da área pública, da emissão monetária e do alargamento da base monetária ou meio circulante, na ordem de mais de 50% em meros 5 meses, do corte na taxa de juros, no corte dos impostos de vários segmentos que envolvem os setores majoritários da economia e sensíveis como um todo e, concomitantemente, na elevação do crédito ao consumidor seja ele pessoa física ou jurídica, como informa a listagem publicada na Folha de São Paulo, no seguinte link:  http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u464961.shtml    Ora, inevitavelmente os mecanismos utilizados, a nível endógeno – interno – produziram a queda do real, de forma artificial – mas ao mesmo tempo, levaram, gradativamente ao um processo inflacionário que se localiza no alto nível do custo de vida e no preço das mercadorias e serviços internos se cotejados com os valores de similares no exterior. Os mecanismos utilizados teriam de ser feitos em doses homeopáticas e gradativos, para que fossem mais duradouros mas, como diz o provérbio popular, “a ambição é como o tóxico dos remédios, de pouco, cura e em excesso mata!” É o cerne do método homeopático utilizado por Hahnemann, “similia similibus curantur”. Seja quando você se vacina contra a gripe inocula em seu próprio organismo o vírus da própria gripe, enfraquecido, para que seu aparelho imunológico consiga criar anticorpos para a resistência e a cura. Ora, se você abusa e exagera, você pode matar o doente pretendendo a cura. Por que isto foi feito assim, com exagero e de forma rápida, sem haver uma modulação da sintonia fina, lenta e gradual, que forneceria uma melhor adaptação ao processo? O problema é que o governo, como governo e como passageiro, busca, nas eleições de outubro de 2012, a manutenção do apoiamento das câmaras de vereadores, dos prefeitos e senadores eleitos, conservar assim a continuidade de seu poder pela formação de uma base sólida para as eleições do próximo período presidencial mantendo ou aumentando sua representação no Congresso, seja, Câmara e Senado. Assim, na forma que as medidas estão sendo tomadas elas são eminentemente um DOPING ECONÔMICO\ELEITORAL. Cria-se assim uma sensação de euforia artificial de bem estar através do aumento do crédito e da queda dos juros dando aos devedores condição de contemporizar um pouco mais suas dividas e fornecendo ao governo alguns meses mais até chegar e cruzar a linha divisória da eleição quando, após, os efeitos da crise reaparecerão com mais força desnudando e, ao mesmo tempo, retirando o apoiamento do eleitorado ao governo pois o endividamento privado já estava potencializado ao máximo. As medidas tomadas até a eleição darão sustentação, ainda, ao partido no poder, mas economicamente, não passarão de uma verdadeiro engodo na economia real levando, no curto prazo a uma recidiva grave de todo o processo econômico que somado ao endividamento público, da união, estados e municípios e o privado, das pessoas físicas e jurídicas, levarão ao start da próxima crise colocando o Brasil como forte candidato, na América Latina, da bola da vez, porque a estagnação advinda da queda constante do PIB, com a queda do consumo e aumento dos estoques, levará inevitavelmente a perda das vagas de emprego.   Perseverar na aliança estratégica com a China, pela venda das commodities agrárias, conservando o boom do agronegócio, levará da mesma forma a escolha de um processo de profunda desindustrialização massiva do país. Esta é a sinuca de bico que estamos frente a Guerra das Moedas. Se correr o bicho pega e se parar o bicho come!!!  (MESMO A DOLARIZAÇÃO EM UM REGIME DE CURRENCY EM BAIXA NÃO SOLUCIONARIA NOSSO PROBLEMA ENQUANTO A CHINA PRATICAR DUMPINGS MONETÁRIOS E SOCIAIS COMO PRATICA!!! ASSIM É QUE O ATAQUE MAIOR DO DÓLAR NÃO VEM DIRETAMENTE DO DÓLAR MAS DO PEÃO DO DÓLAR QUE HOJE É , IRONICAMENTE, A CHINA COMUNISTA, ALIADA ECONÔMICA, SENÃO DOS ESTADOS UNIDOS, DA MOEDA AMERICANA POR CONTA DOS TRÊS TRILHÕES DE DIVISAS QUE DETÉM NESTA MOEDA  E POR SER A BASE PRIVILEGIADA DO CAPITAL EXTERNO MONOPOLISTA NO MUNDO – HÁ QUE SE SEPARAR – QUANDO RACIOCINAMOS – O GOVERNO DA CHINA DO CAPITAL INTERNACIONAL (INTERNACIONAL – UBI BENI IBI PATRIA) ESTACIONADO NA CHINA). SE O BRASIL TEM 400 BI EM DIVISAS, O ANO TEM 365 DIAS, CALCULE POR QUANTO TEMPO O BANCO CENTRAL PODE INDUZIR, ATRAVÉS DE SWAPS MILIONÁRIOS DE MAIS DE 1,5 BILHÕES DE DÓLARES, DIARIAMENTE, A MANUTENÇÃO ARTIFICIAL DE UM CÂMBIO QUE NA REALIDADE ACELEROU A DESVALORIZAÇÃO PELO ALARGAMENTO DA BASE MONETÁRIA EM 50%?????? CALCULE POR QUANTO TEMPO ENTÃO O GOVERNO CONTINUARÁ A SALVAR AS APARÊNCIAS DE QUE NADA ACONTECEU NO REINO DE ABRANTES SALVANDO MOMENTÂNEAMENTE OS ÓRFÃOS DO CÂMBIO A CUSTA DA QUEIMA MASSIVA DE DIVISAS DO POVO?!!

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