A REFORMA PREVIDENCIÁRIA É SOBRE UM EFEITO DA CAUSA DA CRISE DO BRASIL

20180807_173922A REFORMA PREVIDENCIÁRIA DE GUEDES ATINGE E CUIDA DE UM DOS EFEITOS OU SINTOMAS DA REAL CRISE NO BRASIL! A CRISE TEM COMO FULCRO, CENTRO OU NÚCLEO DURO, O ACOPLAMENTO COMERCIAL DO BRASIL COM SEU MAIOR PARCEIRO, A CHINA!  A CHINA CONFORME A EQUAÇÃO DE RAUL PREBISCH, NA CEPAL, CENTRO/PERIFERIA, AO MESMO TEMPO QUE COMPRA A MAIOR PARTE DO SUPERAVIT DO AGRO NEGÓCIO CONCOMITANTEMENTE CONDICIONA O PROCESSO DE DESINDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRO CRIANDO MAIS EMPREGOS LÁ E MENOS EMPREGOS AQUI. DA MESMA FORMA PELA EQUAÇÃO PROPOSTA POR ROBERT MUNDELL ESTE ACOPLAMENTO IMPORTA A INFLAÇÃO DA DÍVIDA PUBLICA NACIONAL, PELA AQUISIÇÃO DE DÓLARES PELO BANCO CENTRAL AO MESMO TEMPO QUE REBAIXA OS PREÇOS DE NOSSAS COMMODITIES AGRÁRIAS CRIANDO UM CICLO VICIOSO EM QUE O ESTADO NACIONAL CADA VEZ ESTÁ MAIS INDIVIDADO E ANÊMICO E A SOCIEDADE CIVIL ASFIXIADA ANTE À CARGA DE IMPOSTOS, REGULAÇÕES E FALTA DE ESTRUTURA DESTE ESTADO EM IMPLOSÃO EM RAZÃO DE SEU INDIVIDAMENTO NA CASA DE UM ( 1) TRILHÃO DE DÓLARES!

 

Assim é, que eu nos anos 90, especificamente em 1993 havendo sido convidado para estudar o regionalismo, fazendo uma conferência sobre Mercosul, enveredei, pelas relações intrínsecas, pelo estudo do multilateralismo e o estudo dos entes de Bretton Woods coincidindo estes estudos e este interesse com a implantação do Plano Real de Fernando Henrique Cardoso que, para mim, era um tipo de currency board legal, em que as moedas das diferentes nacionalidades mantinham seus nomes, a fim de preservarem externamente a soberania, mas, de alguma forma estabeleciam uma placa tectônica, vamos dizer analogamente assim, de moeda indexada ao dólar americano. Para conhecimento deste processo eu teria de conhecer a inspiração inicial deste modelo que vinha do cérebro de um dos economistas mais festejados da época e que ganhou o prêmio Nobel por seus estudos que foi Robert A. Mundell. O modelo de Mundell não deixava de ser um estudo integrativo ou de interatividade entre sistemas monetários nacionais, uns sobre os outros, e, sendo a moeda, como querem alguns uma comoditie, não deixando este tipo de inteiração manifestar uma relação próxima com os conceitos de imput – outuput de Leontief e da mesma forma manter uma relação intima com a Teoria Geral dos Sistemas de Bertallanfy, numa analogia com os sistemas interativos. Os americanos sabiam, na época, que a União Europeia iria estabelecer uma placa monetária única em toda a Europa unificada e isto poderia trazer algum distúrbio ao seu monopólio mundial de ter mais ou menos 70% do comércio mundial solvido contabilmente em dólar!!! Assim é que em vários países e notadamente no cone sul da América do Sul, as duas maiores economias, Argentina e Brasil, uma com Menem e a outra com Fernando Henrique Cardoso, da mesma cepa liberal de Mundell, passaram a implantar um sistema de paridade monetária com o dólar sendo acompanhados de outros países como o Equador que perseverou ainda por mais tempo que ambos neste devaneio. Desta forma tive que tomar contatos com a teoria de Mundell que estava basicamente sobre o seu trabalho Uma Teoria das Áreas Monetárias Ótimas, escrita em novembro de 1961 quando Mundell era economista da Secção de Investigações Especiais do Fundo Monetário Internacional.
Diz Mundell neste trabalho:
“É evidente que as crises periódicas das balanças de pagamentos seguirão sendo uma característica integral do sistema econômico internacional enquanto as taxas de cambio fixas, os salários e os níveis de preços rígidos impeçam que os termos de intercâmbio desempenhem sua função natural no processo de ajuste. Não obstante, é muito mais fácil discutir o problema e criticar as alternativas do que fazer recomendações construtivas e factíveis para eliminar o que se há convertido em um sistema de desequilíbrio internacional. Infortunadamente, o presente artigo ilustra esta proposta advertindo contra a factibilidade, em certos casos, da alternativa mais aceitável: um sistema de moedas nacionais vinculadas mediante taxas de cambio flexíveis. Os defensores do sistema de tipos de cambio flexíveis (Friedman 1953, Lutz 1954 e Meade 1955) os apresentaram como um mecanismo mediante o qual a depreciação pode tomar o lugar do desemprego quando há déficit na balança externa, e a apreciação pode substituir a inflação quando há superávit. Surge então a pergunta de se todas as moedas nacionais existentes devem ser flexíveis. Se se deve liberar a libra ganesa para que flutue com o resto das moedas ou as moedas da atual área monetária esterlina devem permanecer atadas a libra esterlina? Ou, supondo que os países do Mercado Comum avancem em seu projeto de união econômica devendo se permitir flutuação em cada moeda nacional ou seria preferível uma só área monetária?” Mundell metodologicamente analisa em vários capítulos deste trabalho em destaques interessantes como: Áreas Monetárias e Moedas Comuns; Moedas Nacionais e Tipos de Cambio Flexível; Áreas Monetárias Regionais e Tipos de Câmbio Flexíveis; Uma Aplicação Prática; Limites Superiores ao Número de Moedas e de Áreas Monetárias terminando sua abordagem com um Comentário Final. Esta em síntese a teoria monetária que estabeleceu a equação de Simetria monetária para a concatenação e a vinculação do inter-relacionamento das assimetrias econômicas juntamente com as chamadas vantagens comparativas.
Outro sistema integrativo de visão econômica é aquele aparato fornecido pela escola da CEPAL. A Comissão Econômica para a América Latina foi constituída em 1948, por uma decisão da Assembleia Geral das Nações Unidas em 1947. A noção de Centro\Periferia é uma das criações da CEPAL que, integrada as demais visões, como se fora num Jogo de Avelórios de Hesse, faculta vislumbrar uma visão integrada do processo econômico e monetário do Brasil em sua inserção mundial. Há de lembrar aqui um conceito criado no âmbito da América do Sul, pelos economistas autóctones latino-americanos estabelecidos na CEPAL com sede no Chile. Raul Prebisch e todo o séquito de exilados brasileiros como Celso Furtado, Fernando Henrique Cardoso e Maria Conceição Tavares entre outros, que criaram, sob a liderança do grande economista argentino Raul Prebisch o conceito econômico de CENTRO\PERIFERIA!!! Sim!! Este conceito demonstrava como as plantas econômicas dos demais países emergentes ficavam condicionadas aos países centrais que já tinham passado por todas as outras fases de evolução do capitalismo, passando do mercantilismo, pela revolução industrial e coroando esta com plantas de industrialização e financeiras, como a Inglaterra, que condicionavam a transformar a periferia em meros fornecedores cativos de mercadorias ou comodities para estes centros. Iludiam-se assim os economistas que pensavam que as nações cresciam num processo contínuo passando por todas as fases até chegarem ao seu apogeu de industrialização e sofisticação rentista de um capitalismo avançado como se fossem as fases inexoráveis do desenvolvimento de qualquer ser vivo que primeiro nasce e é um neném, depois uma criança, um jovem até chegar a maioridade e maturidade e depois envelhecer. Não, as plantas de produção dos países em desenvolvimento ou periféricos ficariam condicionados e congelados num só estágio como fornecedores cativos de mercadorias advindas de suas chamadas “vantagens comparativas”. Estas vantagens comparativas seriam aquelas fornecidas pela natureza e pela mão de obra e clima de um país que otimiza a produção, pela localização de minas em seu território, pela condição de terras ricas e clima especial para a produção de insumos básicos e ainda uma mão de obra barata e acessível para tal produção extrativa. Assim é que com raríssimas exceções nenhuma nação recente conseguiria superar este condicionamento atroz do centro. A grande distância dos centros ou a ocorrência de guerras, como as mundiais no centro, possibilitariam temporariamente, as vezes, nalguns casos a substituição de algumas indústrias do centro reimplantadas na periferia um pouco sofisticada. Após a queda do muro de Berlim que emblematicamente significa a catástrofe russa e seu envolvimento na guerra do Afganistâo, em 1986, e sua fragorosa derrota, com o recrudescimento de uma crise econômico social e política em todo o território da antiga URSS, que , apesar da glasnost e perestroika feita por Gorbachov, não conseguiu sopitar a implosão de todo o império russo causando com isto, o transbordamento do capitalismo ocidental que, baseado nos entes de Bretton Woods, criados nas White Montains, dos EUA, passaram com a política de Richard Nixon, a assediar a China, estrategicamente, transformando a cortina de bambu, de um inimigo potencial em um amigo crucial, no primeiro momento, pois fornecedo-lhe, através de uma aliança com a política de Den Chiao Ping, a tecnologia e o capital necessário, unidos estes ao imenso capital de operários, bem dizer infinito, com baixo custo de moradia e alimentação, e por isto baixo custo de salário, isto é dizer vantagem comparativa salarial e técnica no nível de recorversão de trabalhadores rurais em urbanos. Assim é que a nova China, fruto de uma aliança neo-Granchista, subvertendo as teorias de Antonino Granschi, aliando a ditadura comunista que fornece operários à baixo custo de mão de obra com abundância jamais vista na história da humanidade, unida esta vantagem comparativa com o fornecimento de tecnologia e capital oriundos das potências ocidentais, que transferiram suas plantas industriais para a China, bem como suas marcas e patentes, que se não foram transferidas forma copiadas pelos chineses, produziram o boom, por mais de 30 anos de um crescimento do PIB chinês de mais ou menos 10% ao ano tornando-a na segunda potência mundial. Assim é que a antiga periferia asiática, com relação aos Tigres Asiáticos e a China expandiram-se e, logo depois do Japão, que iniciou este processo, foram substituindo-o em mercadorias industrializadas menos sofisticadas e de menor qualidade, para fazer com que o conceito de Raul Prebisch, na CEPAL, CENTRO\PERIFERIA fosse subvertido e invertido, passando a antiga PERIFERIA asiática a ocupar o lugar de CENTRO como o faz agora. O Brasil e a América Latina têm passado por um profundo processo de desindustrialização e de especialização só no agronegócio onde têm vantagens comparativas advindas da riqueza dos solos agriculturáveis, do clima propício, da maquinização do sistema de plantation, que em determinada época foi acionado pela tentativa de reconversão da sua planta produtiva pela instalação do sistema just and time ou sistema integrado onde, da mesma forma, uma aliança dos comunistas, liderados pelo comunista granschista Fernando Henrique Cardoso, com sua reforma agrária advinda do Estatuto da Terra produzido pelos militares e que implantou o FIM SOCIAL DA TERRA NO BRASIL no constitucionalismo de 1988 fizesse com que a falta de produtividade da plantation, fordista, as fazendas ou estâncias com suas grandes extensões de terra fossem substituídas no seu fordismo extensivo, onde se tem mais máquinas e poucos operários na produção , repito, fossem substituídas pelo sistema toyotista ou just and time integrado onde uma multinacional reprocessadora industrial compraria toda a produção de assentados, que por serem novos proprietários, sem o custo trabalhista de ter sua carteira assinada, forneceriam produção cativa de frangos, porcos, peixes, leite, frutas e verduras, para estas indústrias transformadoras, revertendo e convertendo o cinto de pobreza e insegurança que criava o exodo rural do campo para a cidade, invertendo assim, este caminho e restabelecendo, através da implantação da política de Robert Mundel, prêmio Nobel de Economia, nos anos 90, o seu sistema de simetria monetária, através da dolarização do real de Fernando Henrique Cardoso e de Menem, na Argentina e Brasil, condições de acoplamento da periferia com o Centro otimizando-se assim a periferia. Falhado o plano do Dólar de implantação de uma placa tectônica em dólar, moeda que domina 70% da circulação e da liquidação dos débitos internacionais, o agronegócio brasileiro ganhou uma trégua e vantagens comparativas, pois deixando de ser subsidiado pelos governos militares e deixando de ser acossado pelas invasões de sem terras cujos líderes petistas e comunistas constataram que estavam financiando favelas rurais ao invés de implantarem uma grande planta de sistema just and time ou integral de produção agrária pois falhada a dolarização e abortada assim a acoplagem monetária e rentista que propiciaria que estas plantas fornecessem ao primeiro mundo a exportação de produtos já mais agregados e com baixo custo, fazendo assim, por esta quebra ou falha do sistema de Robert Mundell, de uma grande placa monetária do dólar que a simetria monetária sucumbisse e as assimetrias continuassem desconectadas sendo que , mesmo assim, o Brasil participando do Grupo de Cairns, sem subsídios agrícolas dos governos militares, e já não acossado por invasões, conseguisse um grande boon agrícola superando os Estados Unidos da América e a Europa, ambos os territórios subsidiados por ajuda governamental e que não se enquadram nas exigências da rodada de Doha da OMC. Assim é, que paradoxalmente, embora os governos de FHC tentassem a recorversão da planta agrária através da simbiose capitalista\comunista do granchismo que substituiria as Plantations em regime fordista ou taylorista (pouca mão de obra e altamente mecanizadas de lavouras em grande extensão) pela planta toyotista ou just and time do agro negócio INTEGRADO a lavoura de pequenas famílias e proprietários, fornecedores de trabalho sem carteira assinada porque proprietários, a grandes plantas industriais tipo Sadia, Perdigão, etc…Falhada esta tentativa de implementação ela é substituída no governo Lula pela implementação de vinculação dos assentamentos antigos, já sem possibilidade de utilização pela indústria integrada, pois falhado o acoplamento monetário da dolarização do plano real, e falhada assim a artimanha criada por Robert Mudell de ligar a simetria e concatenar com ela as assimetrias, isto é dizer simetria monetária concatenando as diferentes assimetrias produtivas de todas as regiões ao capitalismo mundial, falhada esta tentativa, através da inversão do Estatuto da Terra que foi criado pelos militares para colonizar o interior e o eixo das estradas integrando o território nacional, transformada esta legislação em artificio de proselitismo político pela esquerda que vive dos votos dos pobres que foram direcionados para as invasões com a certeza que seriam acoplados ao capitalismo através da implantação do sistema INTEGRADO ou just and time do Toyotismo. Nada disto foi obtido e paradoxalmente a Plantation desonerada do financiamento a longo prazo e adaptando-se assim aos reticulados de Doha e da OMC, seja desoneração de subsídios governamentais, pela junção de um clima e abundancia de terras incorporadas do serrado no centro oeste e sudeste, com uma expansão jamais vista, o agronegócio passou a financiar e apoiar o crescimento do PIB nacional impedindo a debacle total frente a crise e a debacle do movimento capitalista no exterior colapsado. Assim é que o surgimento da China, antiga periferia transformada agora em Centro condicionante, tendo recebido tecnologia e aporte de capitais sem limite aliados a uma força de trabalho de um continente de operários que ultrapassam 940 milhões de pessoas, mais que a população dos Estados Unidos aliados ao Brasil, começaram a buscar as comodities agrárias das plantations já adaptadas com os reticulados de Doha e da OMC e assistidas, da mesma forma, pela tecnologia de empresas multinacionais como a Monsanto e outras que criaram uma simbiose entre sementes hibridas e patenteadas, sujeitas ao pagamento de royalts, adaptadas e suplementadas por agrotóxicos que destruíam as outras concorrentes e ervas que fizessem sombra a sua vicejação. Assim é que se temos o início do apogeu do agronegócio e da plantation, tipo taylorista e fordista, nas Américas Latinas, temos também um grave processo de desindustrialização e de crise e desemprego nas cidades onde se aumenta a área de insegurança e violência urbana aumentada pelo exodo rural e a queda da desindustrialização e disseminação do desemprego por todos os lugares alastrando-se para criar uma ampla zona de economia informal que passa a entrar em simbiose com o informal crime organizado do descaminho de direito e do contrabando, tanto de mercadorias importadas da China e da Ásia, como também de tóxicos e drogas oriundas da Bolivia, Paraguai, Perú e Colombia, transformando a periferia das malocas, favelas e arrabaldes brasileiros e latinos em zonas de guerra loteadas por quadrilhas altamente organizadas com exércitos e armamento que fazem sombra a soberania dos estados nacionais, que financiam o carnaval, financiam o jogo do bicho e outros jogos, dominando a periferia urbana e adentrando o financiamento de políticos granjeando cada vez mais poder sociológico, através da musica e costumes, como também pelo domínio a maneira dos velhos gangsters americanos vendendo segurança e elegendo políticos e subvertendo a ordem com a corrupção disseminada da polícia e do judiciário, pequenos burgueses ameaçados pelo poder de fogo que são cooptados ante o medo que derrama-se por sobre suas famílias e filhos e o dinheiro ilimitado de bilhões de dólares que irrigam o crime organizado dominando os negócios regularizados transformando-os gradativamente em lavanderias para lavar o dinheiro mal obtido. Assim é que estes liberais que aí estão, com sua miopia, não enxergam , a concorrência predadora da China comunista que desindustrializa o país nos mantendo num sistema de crise e desemprego sepultados pela violência oriunda da implosão da economia capitalista avançada em nosso território que mantem-se a troco de nossas altas vantagens comparativas oriundas só do grande agronegócio com sua planta taylorista ou fordista, das grandes fazendas ou estâncias, que tem sustentado agora, com suas vantagens comparativas nosso PIB através do comércio monopolista da China, que nos compra a maior parte da produção agrícola destruindo toda a indústria e o emprego nas cidades…Esta é a anatomia e o raio x de nossa crise e submissão!!!!
No entanto hoje sabe-se que além da moeda, do valor do trabalho, da tecnologia, dos juros altos ou baixos, também a disponibilidade de energia pode afetar a concorrência entre os países e assim, o discurso do Dr. Rilwanu Lukman, ex-Secretário Geral da OPEP ( Organização dos Países Produtores de Petróleo) sob o título “O Impacto Global do declínio do preço do óleo”, proferido em março de 1999, em Tóquio, (http://www.operc.org\) fornece subsídios determinantes da mesma forma para esta visão interativa. Ele afirmava naquela época que os preços do barril do Brent estacionados entre US$ 10 r US$ 12 causavam efeitos danosos sobre a economia mundial como um todo. Exemplificava dizendo que, em países importadores como o Japão, o preço baixo fazia com que a economia estimulada pelos baixos custos da energia ocasionasse um forte incremento da produção industrial com reflexo nos demais setores, ocasionando, como fenômeno mundial, pela soma destes parâmetros difusos entre países exportadores, com perfil semelhante, uma pressão insuportável sobre os balanços de pagamentos dos países importadores, criando assim problemas disseminados entre vários países emergentes causados pelo desequilíbrio das importações baratas.”
Assim é que o Brasil, voltando ao sistema de câmbio flexível sob meta de inflação, enfrenta hoje a antiga periferia transformada pelo capital e o aporte de tecnologia em CENTRO. A China, com seu dumping social – inexistência de direitos trabalhistas – e dumping monetário – moeda baixa – consegue incrementar uma mais valia Marxista insuperável para seus parceiros de negócios. ( Conceito de Mais Valia Absoluta e Relativa – Marx – ) O Brasil, sofrendo esta concorrência predadora, condicionado às importações maciças de commodities agrárias condiciona-se na sua funcionalidade ao mesmo tempo que sua indústria é dizimada e erradicada pela obtenção e troca de reciprocidades concessiva à China que exporta toda ou grande parte de sua produção industrial para o Brasil a preços infames frutos dos dumpings monetário e social. A subida dos preços do petróleo e a cessação do seu subsídio pelo governo cria um encarecimento maior da base produtiva pois repassado para o transporte e também para o custo de produção que se direcionam ambos para os preços finais. O valor da dívida oriunda do Plano Real de Fernando Henrique que termina seu período criando uma dívida pública, que era de 60 bilhões, passando ao patamar de 760 bilhões e que daí em diante sofreu um processo de aceleração pelas políticas demagogas e populares dos governos Lula e Dilma indo ao patamar de 4 trilhões de reais ou o equivalente à 1 trilhão de dólares, agravam a relação entre Estado e Sociedade Civil, sendo que o primeiro para compensar seus déficits vai aumentando seus impostos e gradativamente esgotando sua capacidade de tributação pois já num patamar estratosférico. Soma-se a isto o descontrole dos juros do sistema privados de bancos pois embora o Estado Nacional determine uma das taxas selics mais baixas em todos os períodos históricos, este valor de referência não afeta mais a taxa de juros privada que alça à patamares usurários de as vezes mais de 300% ao ano ou coisa assim próxima! O grande professor e economista Barry Eichengreen sobre os juros traçou este quadro: “Quando um país incorria em um déficit de pagamentos e começava a perder ouro, seu banco central podia intervir para acelerar o processo de ajuste do meio circulante. Ao reduzir o meio circulante, a intervenção do banco central exercia uma pressão para baixo nos preços e aumentava a competitividade dos produtos domésticos, eliminando o déficit eterno com a mesma eficácia de uma saída de ouro do país. A ampliação do modelo de maneira a incluir a intervenção de um banco central visando reforçar o impacto de fluxos de ouro incipientes nos meios de pagamento domésticos podia, assim, explicar como ocorriam ajustamentos externos na ausência de grande movimentação de ouro. Geralmente, o instrumento utilizado era a taxa de redesconto. Os bancos e outros intermediários financeiros (conhecidos como casas de redescontos) emprestavam dinheiro a comerciantes por sessenta ou noventa dias. O banco central podia adiantar esse dinheiro ao banco imediatamente, em troca da posse do título assinado pelo comerciante e do pagamento dos juros. O adiantamento do dinheiro era resultado da operação denominada “redescontar o título”; os juros cobrados eram a taxa de redesconto. Frequentemente, os bancos centrais mostravam-se prontos a descontar, à taxa prevalecente, um número ilimitado de letras elegíveis que lhes fossem apresentadas (sendo que a aceitabilidade dependia do número e confiabilidade nas assinaturas apostas ao título, das condições, sob as quais ele havia sacado e de seu prazo até a maturação). Se o banco elevasse à taxa e tornasse o desconto mais dispendioso, um número menor de intermediários financeiros estaria interessado em descontar títulos e obter dinheiro do banco central. Através da manipulação de sua taxa de redesconto, o banco central podia interferir no volume de crédito doméstico. O banco podia aumentar ou reduzir a disponibilidade de crédito para restaurar o equilíbrio do balanço de pagamentos sem que fosse necessário realizar transferências de ouro (leia-se hoje de divisas ou perda de reservas – grifo e observação minha). Quando um banco central, prevendo perdas de ouro (divisas – grifo meu) , elevava sua taxa de redescontos, reduzindo assim seu estoque de ativos domésticos que lhe rendia juros, ocorria o enxugamento do volume de dinheiro no mercado. Verificava-se uma redução no volume de dinheiro em circulação e o equilíbrio externo era restaurado sem necessidade de uma saída real de ouro (divisas) do país. Esse comportamento por parte dos bancos centrais veio a ser denominado “jogar segundo as regras”. Não havia, evidentemente, um livro contendo as regras definindo esse comportamento. “As regras do jogo” era uma expressão cunhada em 1925 pelo economista inglês John Maynard Keynes, quando o padrão ouro do período anterior à guerra era apenas uma vaga lembrança. O fato de que a expressão tenha sido introduzida tanto tempo depois deveria despertar nossa suspeita de que os bancos centrai orientavam-se, ainda que implicitamente, por um rígido código de conduta. Isso, na verdade, não ocorria, embora esse fato tenha sido descoberto apenas indiretamente. Em um tratado influente publicado em 1944, cujo propósito era explicar por que o sistema monetário internacional havia funcionado tão mal nas décadas de 20 e 30, Ragnar Nurkse tabulou – por país e por ano – o número de vezes, entre 1922 e 1938, em que os ativos domésticos e externos dos bancos centrais haviam caminhado juntos, como se as autoridades tivessem aderido “as regras do jogo”, e o número de vezes em que isso não ocorreu. Ao descobrir que os ativos domésticos e externos moviam-se em sentidos opostos na maioria dos anos estudados. Nurkse atribuiu a instabilidade do padrão ouro no período do entreguerras a um desrespeito generalizado das regras e, assim, deduziu que a estabilidade do padrão ouro clássico dependeria da preservação dessas mesmas regras. Porém quando Arthur Bloofield refez em 1959 o exercício de Nurkse utilizando dados de um período anterior à guerra, para sua surpresa, ele verificou que o desrespeito às regras eram igualmente comuns antes de 1913. É claro, portanto, que outros fatores, além do balanço de pagamentos, influenciavam as decisões dos bancos centrais sobre em que nível deveriam fixar a taxa de redesconto. A lucratividade era um desses fatores, tendo em vista que muitos bancos centrais eram instituições privadas. Se o banco central fixasse a taxa de redesconto acima das taxas de juros do mercado, ele poderia ficar sem clientes. Esse foi um problema para o Banco da Inglaterra a partir da década de 1870. O crescimento do número de bancos privados depois de meados do século havia reduzido a participação de mercado do Banco da Inglaterra. Anteriormente, o banco havia sido “tão forte que poderia ter absorvido todos os outros bancos londrinos, seus capitais e suas reservas e, mesmo assim, seu próprio capital não teria se exaurido. Quando as operações de redesconto do Banco foram reduzidas a apenas uma fração daquelas praticadas por seus concorrentes, uma elevação em sua taxa de redesconto (bank rate) tinha menor impacto sobre as taxas de mercado. (assim com a queda da Selic não influencia nada em razão das taxas de juros dos bancos privados no Brasil extratosféricas!!! Grifo meu). Uma elevação nessa taxa ampliava o diferencial entre ela e as taxas de mercado, fazendo com que o Banco da Inglaterra ficasse sem clientes para esse tipo de operação. Se esse diferencial se ampliava excessivamente, a “bank rate” poderia perder sua “eficácia” através da venda de títulos (juntamente com a venda de compromissos de recompra) com o objetivo de baixar o preço das mesmas, empurrando as taxas de mercado para cima, aproximando-as da “bank rate”. Outra consideração era que uma elevação nas taxas de juro para conter a saída de ouro (divisas grifo) poderia esfriar a atividade econômica. Elevações nas taxas de juro aumentavam o custo de financiamento de investimentos e desestimulavam a acumulação de estoques, embora os bancos centrais ficassem, em larga medida, isolados das repercussões políticas negativas. Finalmente, os bancos centrais hesitavam em elevar as taxas de juro porque isso aumentava o custo do serviço da dívida do governo. Mesmo bancos centrais que eram instituições privadas não estavam imunes a pressões no sentido de proteger o governo deste ônus. O Banco da França, embora fosse uma instituição privada, era chefiado por um servidor público nomeado pelo ministro das Finanças. Três dos doze membros do Council of Regents do banco eram indicados pelo governo. A maioria dos funcionários do Rechsbank alemão era de servidores públicos. Embora a diretoria do Rechsbank decidisse a maior parte das questões de suas políticas através de voto majoritário, em caso de conflito com o governo ele era obrigado a obedecer às instruções do chanceler alemão. Portando, uma suposição simplista de que haveria um conjunto de “regras do jogo” seria enganosa – e, com o passar do tempo, cada vez mais errônea.” Assim é que o Brasil hoje sofre a concorrência do efeito Guerra das Moedas causado pelo acoplamento com a China, que lhe compra quase tudo sendo seu maior parceiro econômico atual, ao mesmo tempo que lhe destrói de forma predadora toda a indústria que não tem competitividade para enfrentar a planta chinesa turbinada por uma mais valia aliada à moeda baixa e a ausência ou quase ausência de custos laborais por acréscimo e adição de direitos trabalhistas. Custo de Juros aliado à divida pública mantém o Brasil nesta estagnação e congelamento do crescimento e da reativação do PIB nacional pois as distorções de endividamento americano, pelo sistema de Bob Triffin, seja a inflação da moeda e da dívida americana com uma moeda fiduciária que exporta a inflação americana para a China, que, como sistema ou sub-sistema reexporta esta inflação do dólar americano na forma das divisas que pressionam ao máximo as importações de commodities brasileiras agrárias e concomitantemente asfixiam à sua indústria, como bem descrito por Robert Mundell, no seu primeiro modelo de áreas monetárias com suas simulações hipotéticas interativas entre os sistemas estatais monetários e econômicos de certa forma reprisando a teoria de Leontieff. Eis o esquema do meu conceito de Guerra das Moedas que, criado antes de Honsong Bing, o chinês que escreveu guerra das moedas em 2007, nove anos depois de mim e ainda James Richards, americano que escreveu em 2014 sob o mesmo título. Acrescentei ao título o nome Guerra das Moedas e a Partidocracia pois analiso, em cada época os governos de Fernando Henrique Cardoso, Lula e Dilma, com relação ao Banco Central e suas emissões e providências com relação ao mercado interno e internacional com efeitos endógenos e exógenos. A reforma econômica, seja ela de Bolsonaro ou mesmo outro que lhe sobrevenha através de eleições ou não, há de levar em conta toda esta inserção internacional do Brasil e seu condicionamento aos demais sistemas econômicos. Trump e seu governo já concluíram sobre os efeitos daninhos da China sobre o seu território na politica de mais empregos lá e menos empregos nos EUA partindo para uma demolição da visão de Bretton Woods do multilateralismo, alterando-o, através de pressões para um bilateralismo prático negociado parte a parte e caso a caso na conformidade dos interesses americanos de manutenção dos índices de crescimento de sua econômica com a manutenção, da mesma forma, dos níveis de emprego que aumentaram bastante.

5 – Da originalidade e pioneirismo do nome Guerra das Moedas para caracterizar no tempo um processo de concorrência monetária.

A expressão “Beggar thy neighbour” ou política de empobrecimento do vizinho oriunda do paradoxo de Robert Triffin o economista belga que identificou o colapso do lastro ouro americano e a expansão monetária desta nação trás incita a palavra guerra das moedas embora não a explicite. De certa forma o conceito de Triffin remete ao conhecimento de John Maynard Keynes, em sua obra Breve Tratado sobre a Reforma Monetária, publicado em 1971, pela The Royal Economic Society e publicado pela The Macmillan Press Ltd. Londres. Em suas páginas 78 quando aborda as Finanças Públicas e o Valor da Moeda no item Depreciação da moeda versus imposto sobre o capital. São suas as palavras que dizem “já vimos na secção anterior como o governo pode empregar a inflação da moeda (emissão sem lastro) para assegurar-se de ingressos com os quais enfrentar seus futuros pagamentos. Mas existe uma segunda maneira mediante a qual a inflação ajuda o governo a fazer equilíbrios para subsistir e assim reduzir a carga de seus passivos precedentes, na medida em que se hajam estabelecido em termos de dinheiro. Estes passivos consistem fundamentalmente em dívida interna. Cada passo da depreciação comporta obviamente uma redução em títulos reais perante os credores ante seus governos.” Assim é que Keynes vislumbra a expansão monetária como forma de quitação ou diluição da dívida publica. Este conceito foi absorvido por Triffin, não no plano interno da relação do estado com seus súditos mas na relação entre estados. John Kenneth Galbraith em sua obra A Moeda De onde veio e para onde vai, foi o que chegou mais perto da expressão Guerra das Moedas pois nesta obra no seu capítulo 7 intitula-a com o nome: A Guerra da Moeda. Neste capítulo ele não trata da Guerra das Moedas entre estados nacionais e suas plantas competitivas acopladas como sistemas interativos mas foca isto sim sobre a criação do Banco Central Americano e a relação de verdadeira guerra existentes entre os bancos privados nacionais americanos.

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