O BRASIL DE STEFAN ZWEIG, O DE DILMA VANA ROUSSEFF E O BRASIL DAS RUAS!

Compartilhada publicamente  –  1 de set de 2016

O BRASIL DE STEFAN ZWEIG, O NOSSO BRASIL E O DE DILMA VANA ROUSSEF COM O PT, QUE GRAÇAS ÀS RUAS E AO CONGRESSO NACIONAL, AGENTE E REPRESENTANTE DO POVO SOBERANO É PÁGINA VIRADA NA NOSSA HISTÓRIA!
Ontem tivemos a sagração pelo Senado da República, do julgamento de nossa Presidente que chegou ao limite de alterar inclusive a língua portuguesa, tal sua arrogância e soberba, para regrar como queria ser cognominada: Presidanta!! O brasileiro, com seu espírito galhofeiro e brincalhão, logo separou as sílabas finais e, com seu espírito que transforma toda a dor em riso e gracejos, deu—lhe para sempre o epíteto de ANTA! As charges adicionaram pimenta agregando a fonética do apelido uma simetria estética com um animal genuinamente brasileiro, roedor e com o corpo análogo a Presidanta com seus dois dentes proeminentes similares ao do maior roedor brasileiro!  Mesmo que ela tentasse emagrecer dando as famosas pedaladas nunca perdeu as linhas do quadrupede roedor com que o povo fazia pirraça !! (Ela fazia decretos que não poderiam invadir a competência e reserva de lei Congressual, autorizando-se, de própria mão e ali deixando suas marcas digitais criminosas, a financiar o caixa do estado à custa de “empréstimos” feitos contra vários entes da administração indireta, como Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, usando de razão similar aos governadores dos estados que assaltam às custas judiciais privadas, depositadas perante os Tribunais de Justiça, pretextando um caixa único. Estes, cometendo contra os princípios jurídicos tal crime, apropriam-se de bens privados tornando os seus Judiciários verdadeiros depositários infiéis. A diferença entre os governadores e a Presidanta é que estes  pelo menos o fazem com e mediante  autorização de seus Legislativos. A Presidanta não pois só com o peso de sua assinatura desviou mais de centena de bilhões de reais para financiar sua reeleição, dando ao povo a sensação que vivia no melhor dos mundos praticando, além do crime de responsabilidade pela qual foi ontem deslocada da suprema magistratura, também o estelionato eleitoral, figura de retórica que explica como venceu o certame de seu opoente por uma margem escassa de votos.)  Mas o ponto principal não é o Impeachment de Dilma Rousseff embora ela vá nos servir de referência comparativa. O ponto principal é a película que trata sobre a vida de Stefan Zweig escritor que viveu no século passado e teve o seu apogeu nas décadas de 30 e 40 sendo que veio a emigrar e inclusive, posteriormente, morrer no Brasil mediante suicídio! Esta película e a visão de Stefan Zweig, um judeu-austríaco, estão em todos os cinemas, jornais, revistas, enfim, na mídia da Europa. Sua obra teve que como assim uma redescoberta embora nunca tivesse ficado esquecida pois obra densa que se distribui em romances, biografias e ensaios. Com referência ao Brasil Stefan Zweig escreveu um livro intitulado BRASIL UM PAÍS DO FUTURO! Setenta e seis anos depois podemos contrastar esta sua visão do país, da década de 30 e 40 com o país, com o Brasil que temos hoje. Num planeta densamente povoado e ameaçado novamente por radicalismos semelhantes aos mesmos que a Europa se viu engolfada pelo surgimento do nazi-facismo onde o terrorismo apátrida e o fanatismo religioso, com uma nova inquisição, arvora-se a construir muros de exclusão entre os povos e as culturas é bom relembrar a situação vivenciada pelo escritor frente aos seus ideais que teimam em reacender-se como um farol de esperança norteando para futuro o rumo da humanidade, na procura da paz, da harmonia, da liberdade com responsabilidade e na construção de uma igualdade com dignidade para todos os seres humanos. Sua escrita é sua fiadora quando se refere ao jovem Brasil de uma época comparando-o com a velha Europa: ”Pela sua estrutura etnológica, caso tivesse acompanhado a loucura nacionalista e racista da Europa o Brasil deveria ser o pais mais dividido, menos pacifico e mais conturbado do mundo. Nas ruas e nos mercados é possível distinguir claramente as diferentes raças de que a população é composta. Há os descendentes dos portugueses, que conquistaram e colonizaram o país, a população indígena originária que habita o interior desde tempos imemoriais, os milhões de negros trazidos da África nos tempos de escravidão, e, depois, os milhões de italianos, alemães e japoneses que vieram como colonos. Do ponto de vista europeu, seria de esperar que cada um desses grupos fosse hostil com os outros – os que chegaram primeiro com os que vieram depois brancos, contra negros, americanos contra europeus, morenos contra amarelos; que as maiorias e minorias se hostilizassem em uma disputa incessante pelos seus direitos e privilégios. Para surpresa, descobre-se que todas essas raças, que já pela cor evidentemente se distinguem umas das outras, convivem em plena harmonia e, apesar das diferentes origens, apenas competem no empenho de acabar com suas diversidades a fim de se tornarem rapidamente brasileiros, de constituir uma nação nova e homogênea…”…  “Agora se sabe por que a alma fica tão aliviada logo que pisamos nesta terra. No primeiro momento tem-se a impressão de que esse efeito liberador e calmante é apenas uma alegria para os olhos, uma absorção feliz daquela beleza única para os olhos, uma absorção feliz daquela beleza única que acolhe o recém-chegado com os braços bem abertos. Logo, no entanto, reconhecemos que essa disposição harmônica da natureza aqui passou a ser o modo de vida de uma nação inteira. Algo de inverossímil e de benfazejo envolve aquele que acabou de fugir da absurda loucura da Europa: a total ausência de qualquer hostilidade na vida pública e na privada. Aquela terrível tensão que há quase um século estira nossos nervos aqui praticamente inexiste. Todas as contradições mesmo no campo social, são significativamente menos acentuadas e, sobretudo, menos envenenadas. A política, com todas as suas perfídias, ainda não é o eixo da vida privada nem o centro de todo o pensar e sentir. Logo que se chega ao país, a primeira surpresa, que se renova diariamente de maneira feliz, é descobrir a maneira gentil e pouco fanática com que as pessoas convivem naquele espaço imenso. Involuntariamente, respiramos aliviados por termos escapado ao ambiente sufocado do ódio de classe e racial para esta atmosfera mais quieta e humana. Não resta dúvida de que o estilo de vida é mais desleixado. Sob a influência imperceptivelmente relaxante do clima, as pessoas afrouxam, desenvolvem menos força impulsionadora, menos veemência, menos dinamismo – portanto, precisamente as qualidades que, hoje em dia, supervalorizamos tragicamente como sendo os valores morais de um povo. Mas para nós, que experimentamos em nossas próprias vidas as consequências terríveis dessas exaltações psíquicas, da avidez e da sede de poder, essa forma mais mansa e suave de vida é um benefício e uma felicidade. Longe de mim pretender passar a ilusão de que, no Brasil, tudo já esteja no estágio ideal. Muita coisa está apenas no começo ou em transição. O nível de vida de uma grande parte da população ainda está muito abaixo da nossa. As atividades tecnológicas e industriais desta nação de cinquenta milhões de habitantes só são comparáveis ainda às de pequenos países europeus. A máquina administrativa ainda não está azeitada e às vezes produz paradas incômodas. Quem viaja algumas centenas de milhas para o interior ainda retrocede um século para a era primitiva. O recém-chegado terá que se adaptar a pequenas impontualidades e inexatidões na vida cotidiana, a um certo desleixo, e certos viajantes que costumam ver o mundo apenas a partir do hotel e do carro ainda podem se dar ao luxo de voltar com a sensação arrogante de pertencer a uma civilização superior, achando muita coisa no Brasil atrasada ou pouco confiável. Mas os acontecimentos dos últimos anos mudaram essencialmente nossa opinião sobre o valor das palavras “civilização” e “cultura”. Não estamos mais dispostos a equipará-las aos conceitos de “organização” e “conforto”. Nada promoveu mais este fatídico engano do que a estatística que, enquanto ciência mecânica, calcula o produto interno bruto e a renda per capita de um pais – quantos carros, banheiros, aparelhos de rádio e taxas de seguros existem por cabeça. De acordo com essas tabelas, os povos mais cultos e civilizados seriam aqueles que têm maior produção, o máximo de consumo e a maior soma de rendas individuais. Vimos que um grau mais elevado de organização não impediu os povos de usar essa organização apenas em nome da bestialidade no lugar da humanidade, e que a nossa civilização europeia está em perigo pela segunda ve no período de apenas um quarto de século. Assim, não estamos dispostos a reconhecer um ranking de acordo com o poder industrial financeiro ou militar de um povo, e sim usr como medida de superioridade de um povo o espírito pacifista e humanitário. Nesse sentido -a meu ver, o mais importante – o Brasil parece-me ser um dos países mais exemplares e amáveis do mundo. É um país que odeia a guerra, e mais: que praticamente a desconhece. Com exceção do episódio do Paraguai, insensatamente provocado por um ditador enlouquecido, há mais de um século o Brasil tem resolvido todos os seus conflitos limítrofes com seus vizinhos por meio de acordos amigáveis e apelos a cortes internacionais. Seu orgulho e seus heróis não são os generais, e sim estadistas como o visconde do Rio Branco, que soube evitar guerras por meio da razão e da conciliação. Fechado em si, as fronteiras linguísticas equiparadas às fronteiras geográficas, o Brasil não tem ambições de conquistas territoriais ou tendências imperialistas. Nenhum vizinho exige nada dele, nem o país exige nada de seus vizinhos. Nunca a paz do mundo se viu ameaçada por sua política, e mesmo em tempos de incerteza como os nossos não se pode imaginar que esse princípio básico de seu pensamento nacional, esse desejo de entendimento e conciliação alguma vez pudesse mudar. Pois esse desejo de conciliação essa postura humanitária não tem sido a mentalidade casual dos diferentes governantes. É o produto natural de um caráter popular, da tolerância inata do brasileiro, comprovada ao longo de sua história. O Brasil foi a única entre as nações ibéricas que jamais conheceu perseguições religiosas sangrentas, nnca viu arder fogueiras da Inquisição, em nenhum outro pais os escravos foram tratados de forma relativamente mais humanitária. Mesmo suas revoltas internas e mudanças de governo se efetuaram praticamente sem derramamento de sangue. O rei e os dois imperadores que a vontade do Brasil de se tornar independene fez deixar o país retiraram-se sem serem importunados, sem ódio. Desde a independência, mesmo os líderes de revoltas e levant3s fracassados não tiveram de pagar o preço com a vida. Os governantes deste povo sempre se viram inconscientemente forçados a se adaptar a esse espírito de conciliação. Não foi o fato de que durante décadas, a única monarquia entre todos os países da América – o Brasil teve como seu imperador o regente mais democrático e mais liberal de todas as cabeças coroadas. E hoje, enquanto ditadura, conhece mais liberdades individuais e contentamento do que a maoria dos nossos países europeus.”
Esta é a visão de Stefan Zweig para um país sob Getúlio Vargas, que iniciou o bloco do constitucionalismo social brasileiro e cujo país, na época, dito pelo próprio escritor possuía apenas 50 milhões de brasileiros.  Hoje com mais de 200 milhões ou 4 vezes maior, o que mudou? A mudança é exatamente a que a população e as ruas do país repudiaram e através do impeachment da presidente Dilma e do resultado das eleições que virão, repudiou como repudiará sua cosmovisão de guerra e de ódio. Uma cosmovisão antiquada e mal adaptada que tentava, através da doutrina do Foro de São Paulo, implantar no Brasil o fracionamento próprio da visão comunista que é embasada na dualidade do cosmos, na luta entre opostos, a luz e a escuridão, o calor e o frio, o polo positivo e o negativo e que assim permeiam a psique humana e sua filosofia, através da filosofia do vir a ser, que inicia com Demócrito, na Grécia, com seu pahtha rei (tudo flui e sua metáfora do rio) para chegar até a modernidade com a filosofia do materialismo dialético de Marx\Engels que, suplantando a forma e a visão do idealismo dialético do Hegel (antigo professor de Max) substituem o substrato teórico desta teoria pela práxis histórica da luta de classes e seu devenir através dos séculos, vendo e identificando neste fenômeno, o próprio parto a história. Com estes lineamentos teóricos ortodoxos que fundamentaram a sua luta guerrilheira nos anos 60 reincidem agora, já de forma democrática e paulatinamente, com uma doutrina que nasceu nos fins do século XIX e teve seu primeiro modelo implantado em 1917, século XX, num pais ainda feudal e vivendo à servidão, a Rússia czarista, é que Dilma Rousseff e seus asseclas assomam democraticamente o poder, com Luiz Inácio da Silva o Lula, bebendo Romané Conti, o vinho de 8000 dólares só dado as zilitis degustar!!! Assim, de forma camaleônica assumem o poder com um discurso democrata social de luta em pró dos direitos dos trabalhadores, idêntico ao discurso de onde Dilma era proveniente, do velho PDT, de Brizola, Jango e Getúlio Vargas para, lentamente e gradualmente ir aparelhando o Estado com seus estamentos e afilhados e implantando uma nova filosofia, uma nova cosmovisão que vai se alastrando pela América Latina e reforma o regionalismo, em detrimento dos negócios e as trocas mercantis, revigorando isto sim a ideologia como forma de governo através da celebração da UNASUL e de uma união estratégica com as ditaduras socialistas e comunistas existentes como a de Chavez na Venezuela e a de Fidel Castro em Cuba, a mais longeva ditadura comunista existente e quiçá o último modelo relevante de comunismo existente no mundo depois da queda da URSS. Aquela filosofia de tolerância e harmonia que vimos com alegria na descrição de Stefan Zweig e que eu vivenciei em minha infância, adolescência e juventude no Brasil pois que sou um daqueles que verdadeiramente, depois de séculos e depois do transcurso de 76 anos da visão de Zweig, que dizia que a diversidade étnica cultural tinha uma única forma de luta que era para se tornar uma unidade ou ter somente uma nacionalidade: a brasileira; sim esta miscigenação ou este chamado melting potting ou como os franceses chamam melangé étnico cultural eu sempre tive em mim e em minha família: Somos mestiços. Temos sangue português, espanhol e por possuir ambos sangues trazemos irmanados em nossa genética a miscigenação da península ibérica entre suevos, galos, romanos, judeus e árabes e todas as demais raças que para lá levaram seu aporte de sangue e de civilização; da mesma forma temos, eu e minha família, o sangue índio que marca nossos olhos, bocas e malares; da mesma forma temos em nós de forma diluída o sangue negro que irradia em nossos cabelos, nossa tez e o acentuado de nossas musculaturas e as formas graciosas de nossas mulheres. Somos mestiços. Eu sou e casei, no primeiro casamento, com uma mulher que tinha ascendência paterna e materna germânicas; já no segundo casamento, por falecimento da primeira esposa, casei com uma pessoa que é uma mestiça imigrante (pode-se dizer assim) pois não tem sangue negro e nem índio como eu mas traz sangues mesclados sueco e italiano do lado paterno e alemão do lado materno. O resultado, em meus filhos que são 6, são um cadinho de sangues e culturas que se exprimem através da inteligência, harmonia das figuras, inteligência pois todos estão obtendo, através de seu trabalho e perseverança na colimação de objetivos, seus resultados do estudo e labor. Nós, nossos parentes, nossos amigos, nossos colegas, nossos confrades, nossos conhecidos, nossos vizinhos, nós sempre vivemos e buscamos a harmonia social dentro desta diversidade e aceitando esta multiplicidade. Não era e não é o que o comunismo que recentemente estava em franca implantação com teoria e prática de dominação nos colégios, faculdades, na política, nas artes e na cultura em geral. Ao invés de aglutinar e criar a harmonia social eles começaram a implantar o fracionamento e a quebra da unidade social desta harmonia vigente, vivenciada por mim e quantos de vocês que me leem e visualizada no início do século passado por Stefan Zweig!!!  Colocaram pobres contra ricos; brancos contra índios e negros; velhos contra jovens; heterossexuais contra homossexuais; aptos contra inaptos buscando fórmulas de zerar a competitividade lúdica da inteligência e só não se imiscuindo, por paradoxo de lógica, no lúdico dos jogos de disputa física!!  E assim foram desconstruindo a antiga harmonia existente através do que começaram a chamar “de pensamento politicamente correto” usando de eufemismos, como uma simples mudança de palavras ou expressões pudessem redimir de algum delito ou o resquício de algum preconceito por ventura existente em algum vocábulo da língua. O incrível é que as palavras, preto, negro ou moreno foram substituídas pela expressão “afro-descendente”, como se houvessem alguns ainda tão puros como no estado em que aqui chegaram da África. Nós já estávamos desbotados pela fluidez da atração dos sexos e da dinâmica sensual de nosso carnaval que num misto de resquício de festa pagã irmanada com religiosa é um verdadeiro liquidificador cultural a homogeneizar mais e mais a étnica já brasileira. Os negros vindo do Senegal e do Haiti e que iniciam este processo de imigração e a curto ou meio prazo de absorção provam com sua cor retinta que nós desbotamos total e rumamos para um meio termo entre os extremos. Se pessoas menos assimiladas e com costumes de guerra, com ideologias alienígenas e da “chamada civilização” como ironiza ou objetiva Stefan Zweig persistem num discurso de discórdia, de pugna, de ódio, nosso amor perseverará e, no dia de ontem, com o impeachment de Dilma Vana Rousseff, uma emigrante de primeira geração, seu pai era um búlgaro que fugiu do comunismo do Leste Europeu. Família esta que mesmo fugida do comunismo sua filha dileta não conseguiu fazer a mesma leitura que o recém imigrante Stefan Zweig fez do Brasil mas, ao contrário deste, se pôs a serviço de uma luta para implantar uma filosofia alienígena e europeia do terror e do ódio, o comunismo que abateu milhões de pessoas mortas nos gulags estalinistas  da Sibéria e nos paredons do regime castro-guevarista! Uma filosofia que no século xx ficou demonstrado cabalmente que não funcionava pois, transformando o Estado, através da ditadura do proletariado, como mandava Lênin, em sua obra O Estado e a Revolução, fracassou através da perversão de um verdadeiro regime de estado capitalista em que o estamento do partido comunista se assenhorava das benesses do regime, criando à semelhança do capitalismo, um regime de nababos que se proliferava através de seus filhos e afilhados, loteando este estado e estancando o processo de livre ascensão e queda, por troca de postos, entre capazes e menos capazes, suprimindo o princípio de mérito próprio vislumbrado pelo socialista utópico Saint Simon que dizia: “A cada um conforme sua capacidade mas a cada capacidade conforme sua obra!” Invertendo a máxima pela perversão de Lênin, que sem aferição de mérito próprio premia a necessidade e os necessitados fazendo que que se retire o estímulo ao trabalho e ao contrário se estimulando a simples reprodução de iguais sem mérito próprio, bastando tão somente o mérito de sua existência, causando, repito, a implosão do conceito comunista como ficou demonstrado nas devassas de auto-crítica da própria revolução soviética através de vários trabalhos publicados pela Academia de Ciências Soviética.   Este ódio e esta desarmonia nem necessita ser analisada profundamente aqui neste artigo. Todos os brasileiros constatamos e nós todos fomos as praças e com base nos crimes de responsabilidade cometidos pela Presidenta, como ela se cognominou, nosso agente de poder, o Congresso Nacional, através da Câmara dos Deputados autorizou o processo sendo que posteriormente o Senado da República por maioria de 2\3 de votos qualificada de seus senadores cassaram o mandato da Presidente Dilma, afastando-a definitivamente da suprema magistratura do estado, a Presidência.
Os riscos e perigos para o Brasil não terminam com o simples afastamento dela. Nós estamos iniciando o ciclo mais complexo que é a passagem para uma reforma sem a qual não será possível consolidar a linha de paz, de harmonia social, sociológica, étnica e política que herdamos nesta conjunção genética com a diversidade de nossa geografia como divisou Stefan Zweig quando já Alberto Torres e outros, da mesma forma, no passado, depurando de seus laivos nacionalistas, viram através exatamente do sincretismo religioso, étnico, cultural, a possibilidade de colmatar a harmonia e a nacionalidade brasileira dentro de uma perspectiva pacífica!!
Estamos passando por um Rubicão histórico pois o bloco do constitucionalismo social criado por Getúlio Vargas com a ajuda dos tenentes na revolução de 30 e que permeou as constituições de 34, 37, 46, 67 e 69, já estas duas sob o tenentismo do tarde em que as figuras emblemáticas de Cordeiro de Farias e Juarez Távora aparecem prestigiando os novos generais, Castelo Branco, Costa e Silva, Médici, Geisel e João Figueiredo, não se afastando constitucionalmente este regime do mesmo sistema de proteção aos trabalhadores, mantendo a CLT, consolidação das leis trabalhistas feita por Getúlio em 1943 e o sistema de previdência, saúde e educação, que o povo clamou pela manutenção e aperfeiçoamento ante a implosão do regime da constituição de 1988 que é para ser o ômega do aperfeiçoamento histórico do regime social democrático iniciado em 1930 e que hoje, com o aumento da dívida pública que onera a federação e seus três componentes, união, estados e municípios, está sofrendo o perigo de um processo de implosão ou mesmo ver sua reversão!! Passamos por um processo de globalização ou mundialização que depois da queda da URSS ocasionou a expansão do capital das TNCs (transnacionais corporations) por todo o mundo causando um enfraquecimento das funções iniciais que ensejaram a criação dos estados nacionais, como a segurança, a justiça, a emissão de moeda e outros fatores que vem esmaecendo as fronteiras fazendo com que alguns pensadores as cognominem de meros resquícios ou cicatrizes históricas que não dizem mais para a atual realidade do estado nacional, para eles, em franca decadência ou mutação em razão da relativização da soberania, não só dos pequenos países emergentes, médios e até dos grandes países que são obrigados cada vez mais, num planeta que fica mais pequeno a tomarem providências que relativizam mais e mais os interesses nacionais em troca da harmonia e da preservação inclusive da harmonia e conservação do próprio clima e da própria vida ameaçada no planeta pelo chamado “progresso da civilização cujos sub-produtos vem na forma da poluição e desequilíbrio climático com extinção da diversidade das espécies e seu equilíbrio no planeta. A China continental ou também chamada República Popular da China através de uma revolução em seu dogmatismo ideológico colocado pelo seu antigo líder Mao Tsé Tung, com reformas profundas nos anos 70\80, aproxima-se do capitalismo das TCCs, da mundialização ocasionada por estes novos atores da política internacional econômica, propiciando a aterrisagem de investimentos tecnológicos e uma longa gama dos mesmos reciclando concomitantemente milhões de operários para este desafio que empresta a uma mão de obra de mais de 800 milhões de operários ativos uma sinergia inexpugnável no planeta que leva em poucas dezenas de anos a China ao podium de segunda potência econômica do mundo logo atrás dos Estados Unidos da América. O surgimento deste poder passa a desafiar as infra estruturas econômicas dos demais estados do mundo que se dividem em modelos de SER E MODELOS DO DEVE SER. Os modelos do SER são os modelos do constitucionalismo político-liberal como os dos Estados Unidos da América e da Grã-Bretanha, cujas constituições são duais pois possuem só as partes que regulam o Estado, sua parte orgânica, e uma parte dogmática, aquela dos direitos liberais ou chamados formais de primeira geração (liberdade, igualdade, propriedade, privacidade, etc.); os demais modelos alternativos do DEVER SER JURÍDICO são as constituições COMUNISTAS OU SOCIALISTAS e as SOCIAIS DEMOCRÁTICAS. As constituições COMUNISTAS OU SOCIALISTAS já no século XX foram todas para o lixo da história pois não tiveram condições de sobrevivência econômica de competitividade frente ao modelo JURÍDIDO DO SER – O CAPITALISMO LIBERAL! Caiu a URSS apesar das revoluções da Perestroika e da Glasnost propiciadas por Gorbachev. Veio depois a desagregação da Iugoslávia com seus traumas e de todo o Leste Europeu que se agregou com a União Européia e de forma mais tardia constatamos o desabar de todos os países do norte da África que ainda possuíam ditaduras ou regimes altamente regulados sendo um deles a Líbia de Kadafi! Sobreviveram Cuba que é uma sucata econômica embora tenha a arrogância de figurar como exemplo socialista, certamente de distribuição de miséria como a sofrida e pobre Venezuela onde a fome grassa pelas ruas embora seja um país com jazidas riquíssimas em petróleo!!  Ironicamente… Restam assim os países que se agregam sob o CONSTITUCIONALISMO SOCIAL OU A CHAMADA DEMOCRACIA SOCIAL que é um meio termo entre os dois estremos do Capitalismo e do Comunismo. É uma legítima mesotes como queria Aristóteles em sua obra A Ética a Nicômaco, seja, um meio termo entre a convivência da área pública e privada com assistência ampla do estado nacional que se arvora em defensor e garante dos trabalhadores que tem com seu unicamente sua força de trabalho. Este regime está em toda a Europa e na América Latina ainda na Argentina e no Brasil através da herança respectivamente de Juan Perón e de Getúlio Vargas e seus tenentes que , no Brasil , construíram a democracia social , que possui um bloco constitucional social que perpassa as constituições, como já disse de 1934, 1937, 1946, 1967, 1969 e 1980 em que o Estado Nacional fornece saúde, educação, segurança de leis trabalhistas, intervindo de forma relativizada na economia. Este regime está na Europa com suas idiossincrasias inerentes e eu aqui na França, pude constatar não restando só na capital , Paris, mas disseminado através de uma infra-estrutura viária e de comunicações maravilhosa que se espraia por todo o pais e que se faz presente em uma saúde disseminada na forma de hospitais e atendimento ambulatorial , educação pública gratuita, previdência social, etc, em que o estado nacional através de impostos que são altos distribui estas benesses por um número maior de pessoas fazendo existir a maior classe média que talvez se tenha conhecimento no globo (Alemanha, Suécia, Holanda e inclusive PIGS e todos outros) . O problema do ultimo regime do DEVE SER ou da Social Democracia da Europa e das Américas, como nosso Brasil, é o problema cognominado por mim em 1998 GUERRA DAS MOEDAS antes de HongBing Song, escritor chinês que escreveu Currency War em 2007, sendo um best seller chinês, e antes do americano James Rickards, que em 2014 escreveu sua versão sobre Guerra das Moedas. Em minha visão eu coloco que a guerra das moedas é causada pela competitividade advinda das mercadorias fabricadas na China Comunista que através de dumping social (eles não tem direitos trabalhistas como nossos operários que recebem 13º salário; férias; insalubridade e periculosidade; jornada de trabalho com adicionais de horas extras e horários noturnos) o que faz com que estes salários sem custos sejam incluídos no custo final de suas mercadorias que ainda possuem o benefício do dumping monetário, seja, o rebaixamento do yuan (moeda chinesa) o que dão uma competitividade maior no comércio exterior. Assim é que frequentando todas as lojas europeias que fui constatei pessoalmente a invasão de mercadorias chinesas que banem totalmente as marcas europeias. Diga-se de passagem que na realidade as marcas europeias passaram a ser fabricadas na Ásia em face da queda de custo e a sinergia que advém disto tudo. Assim é que o Brasil está enfrentando este problema que reflete-se em sua balança de pagamentos causando superávits em determinados momentos e déficits em outros refletindo-se na política de seu Banco Central conforme vários artigos que escrevi política esta que não se detém a obedecer aos imperativos de ordem econômica mas para atender eventualmente os interesses do virtual e ocasional ocupante da Presidência da República, seu partido e seus interesses eleitorais de manutenção do poder distorcendo a política como um todo e agravando mais e mais a sobrevivência da social democracia que está paulatinamente tornando-se inexequível em face das suas dívidas e déficits rumando para um colapso tipo Grécia (não semelhante em razão do tamanho e das riquezas brasileiras) . Assim é que esta crise que não cessa com a mera deposição constitucional da Presidente mas segue agravando-se através do exercício da política pois estes elementos da desavença e da discórdia perseverarão colocando que seus opositores à cavalo de um estado dívida, são incompetentes para governar, iludindo a população que segue achando que Estado Nacional não quebra e que Estado Nacional dá um jeito para manter empregos que já estão mortos pois não lhes cai a ficha ou não tem consciência da gravidade e do estágio de falência do modelo Getulista que atravessou de 1930 até aqui mas hoje está em ruínas frente ao populismo dos partidos e a incompetência de suas lideranças e a uma corrupção endêmica e disseminada que se espraia por tudo. A luta será muito grande para ou salvarmos a SOCIAL DEMOCRACIA OU O REGIME DO DEVE SER projetado na linha jurídica constitucional ATRAVÉS DE REFORMAS DE DESBUROCRATIZAÇÃO E DESREGULAÇÃO CONSEQUENTES COM A FLEXIBILIZAÇÃO TRABALHISTA que não extirpe os direitos reais dos trabalhadores e o direito a sua previdência social com um descanso para os que deram sangue e suor para esta república ou teremos , como diz Canotilho, um retrocesso social implantando um regime liberal. Uma lição em meus 66 anos de vida como professor, como trabalhador, como cidadão e intelectual que vivenciou na prática mais de metade do século passado convivendo com as ideologias e os pensamentos e adentrou-se no século XXI é que o Comunismo e o Socialismo nasceram da exacerbação da exploração capitalista e liberal sobre o ser humano, como repúdio da união dos mais fracos e sem privilégios de herança contra a exploração do homem pelo homem. Outra coisa que tenho impregnado em minha consciência, como trabalhador que esteve atrás de balcões nas mais diversas atividades, é que sem leis trabalhistas ou limites para o uso da força de trabalho humano a exploração e a soberba humana tendem a voltar ao seu império sendo necessário assim um limite legal para a aferição do trabalho que está em processo de mutação pois as fórmulas fordistas, tayloristas e sistemáticas de produção estão sendo gradativamente modificadas pelas fórmulas just and time ou toiotistas ou mesmo ainda o impacto causado pela infosfera telemática computacional que termina com a localização do trabalho e seu horário, podendo este ser feito nos próprios lares dos trabalhadores que não necessitam um deslocamento físico mas tão só uma conjunção de comunicação que se faz em todos lugares ao mesmo tempo e no mesmo horário revolucionando através da tecnologia o próprio direito que perde seus conceitos territoriais e temporais, assim como sua eficácia em ambas as esferas, para ter um outro tipo de concepção e um valor de utilidade on way arrasando com os cartórios estatais que regulavam concessões governamentais que morrem como dinossauros frente a competitividade de um uber, de um Messenger ou whatswap, com relação as cias telefônicas ou mesmo o encontro do eu no entre si, através das redes de comunicação que revolucionam o exercício da  política e seus antigos comícios e discursos que passam por este meio por uma mudança de parâmetros gerando uma mudança comportamental nunca jamais vistas na história da humanidade revolucionando assim a política e a forma com que é exercida através de uma transparência publica e uma discussão pública constante que faz Reinhard Koseleck ficar antiquado com sua visão de Crítica e Razão quando afere a luta do iluminismo que causou uma profunda revolução contra as monarquias através de seu republicanismo genético com a eclosão da revolução burguesa que hoje recoloca em discussão a representação e a alienação ou não do Soberano a estes representantes como queria Rosseau e outros…..QUE A VISÃO DE STEFAN ZWEIG PARA UM MUNDO E UM BRASIL MELHOR SEJA VIÇOSA E RENASÇA…QUE O QUE SENTÍAMOS DE CONJUNÇÃO VOLTE …E RETOMEMOS O NOSSO BRASIL PERMITINDO UMA PONTE PARA O FUTURO…COM HARMONIA…PAZ ….E SEM LUTA DE CLASSES COMO QUEREM LULA, DILMA, REQUIÃO E SEUS ALIADOS….QUE ESTÃO VIVOS E TRABALHANDO PARA DESTRUIR A HARMONIA ENTRE NÓS….
PARIS  01 DE SETEMBRO DE 2016 – RUE VARENNE Nº 60 – HOTEL DUPRAT U DE TINGRY EM FRENTE AO HOTEL MATIGNAN SEDE DO PRIMEIRO MINISTRO DE FRANÇA – SEMANA DA PÁTRIA BRASILEIRA!!!
2
1
Foto do perfil de João Gerdau de Borja

Comentários encerrados.