DA ESTAGFLAÇÃO PARA A ESTAGNAÇÃO COM UMA LEVE CURVA ASCENDENTE RUMO A RETOMADA DO CRESCIMENTO NA GUERRA DAS MOEDAS NO BRASIL

DA ESTAGFLAÇÃO PARA A ESTAGNAÇÃO COM UMA LEVE CURVA ASCENDENTE RUMO A RETOMADA DO CRESCIMENTO NA GUERRA DAS MOEDAS NO BRASIL

 

A aprovação da PEC 241 hoje, sujeita ainda aos destaques e a uma nova rodada na Câmara e posteriormente no Senado, em razão do duplo turno como determina o art. 60 da Constituição, é uma providência que visa salvar o Estado Nacional Brasileiro da catástrofe futura. O Governo passado, sob a ótica petista, apostou num processo de inflação disseminada para assim, usando os conceitos esposados por John Maynard Keynes, em seu Pequeno Tratado, através da inflação, diluir o valor da dívida pública ao mesmo tempo que sua política salarial visava, com profundo populismo, inflacionando o valor nominal dos salários dos trabalhadores, passar aos mesmos uma noção de ganho o que reverteria em votos dos mesmos. Este processo gerou uma queda abrupta do real em sua equivalência em dólar ocasionando toda a reação em cadeia, na economia, que redundou numa forte aceleração da inflação por demanda interna com o encarecimento dos custos e mais uma vez a retroalimentação do processo inflacionário em seu círculo vicioso. A política adotada pelo competente e experiente Ministro Meirelles, que causou o boom econômico no primeiro governo de Lula, pois o PMDB aliado ao PT não abriu mão do controle sobre a economia neste primeiro momento só caindo do poder, literalmente, em termos econômicos e políticos com a ascensão de Guido Mantega, que como um títere nas mãos de Dilma, passou a incrementar o que chamei de doping econômico eleitoral, pedaladas, etc, que já foram devidamente analisadas na ocasião. Aqui estão os vários artigos em que adverti o governo Dilma sobre seu atalho econômico e as suas consequências: http://www.sergioborja.com.br/?p=1298  Ora, o competente Ministro Meireles com uma experiência densa adquirida nas coisas de trato público à Frente do Ministério da Fazenda reaplica os mesmos remédios da chamada meta de inflação visando ao controle da situação. Os primeiros efeitos de sua política criteriosa, baldados os esforços frente a grandeza dos problemas acumulados pela administração anterior, oferecem paulatinamente uma mudança de perspectiva sendo que logo nos primeiros meses de sua administração o câmbio do dólar passou a ter uma queda gerando uma leve apreciação do real. Ora, assim é, que se forem mantidas as premissas, como se depreende do quadro dos juros e da leve queda ensejada pelo COPOM na Selic, nós teremos com o passar dos meses e anos, gradualmente um novo processo de apreciação do real junto ao dólar. Isto levará sem sombra de dúvidas a vários fenômenos endógenos (internos) no Brasil em razão desta política já encontrar a base salarial expandida e inflacionada nominalmente em real, sendo que a apreciação em dólar do real, levará a um aumento do poder aquisitivo daqueles setores que foram aquinhoados com o processo inflacionário, que na forma anterior levava, paradoxalmente, embora com o aumento nominal ou numérico do salário, levava a uma perda gradativa de seu poder aquisitivo sendo que a política atual dificulta o acréscimo positivo nominal do salário mas, em contrapartida, propicia a sua valorização em dólar reposicionando e trazendo ganhos enormes a todos estes setores criando afetações na ÁREA PÚBLICA E NA ÁREA PRIVADA. Prevendo estas afetações na ÁREA PÚBLICA em razão do possível estrangulamento do Estado Nacional Brasileiro com uma dívida orçada atualmente em mais de 3 trilhões de reais mas que, paulatinamente, com a melhora da economia através dos parâmetros aplicados por Meirelles levarão a uma apreciação em dólar da dívida na proporção este incremento da valorização endógena do dólar. Da mesma forma os salários dos trabalhadores da área pública sofrerão, com a valorização do real, um incremento no seu valor aquisitivo fazendo com que a conjugação de ambos os fatores, aumento da dívida e aumento de salários, não nominal mas aquisitivo, produzam mais e mais um definhamento e um esgarçamento do Estado Nacional que já tem seu pacto federativo estraçalhado pela pressão da dívida dos estados da federação e municípios que não possuem a capacidade de emissão monetária e cujos impostos, no bolo federativo, são menores em razão dos impostos federais. Assim é que a PEC 241 vem na esteira da previsão futura desta revalorização do real em dólar e seus efeitos sobre a massa salarial dos funcionários ativos, aposentados e pensões da máquina pública federal, estadual, municipal e distrital que, somando-se a dívida e seus juros escorchantes, pressionarão, pelo efeito de valorização do real, o orçamento público. Assim, o porquê do congelamento alvitrado pela PEC 241 que tem por fim criar uma passagem para o resgate do modelo constitucional de 1988, de Social Democracia, onde educação, saúde e segurança são custeados na fatia maior pelo Estado Nacional, sob pena de ocasionar no futuro o desabamento das possibilidades deste custeio e da inevitabilidade de adoção de um regime de liberalismo puro, modelo americano, em que o Estado abandonaria o custeio de investimentos em infraestrutura, educação e saúde, reduzindo-se unicamente às suas funções originais que seriam a prestação Jurisdicional, a Segurança interna, polícias e externa, forças armadas, emissão monetária, medidas e estatísticas reduzindo-se a um Estado Gendarme com a morte do Welfare State criado em 1930, por Getúlio Vargas e que atravessou indene pelas constituições de 1934, 1937, 1946, 1967,1969 e 1988 constituição que é a cúspide do aperfeiçoamento constitucional do verdadeiro Bloco Constitucional Democrata Social Brasileiro. Estas medidas de congelamento do gasto público alvitradas pelo governo Temer através de Meirelles, juntamente com as providências que terão de ser tomadas no plano da previdência, reformulação trabalhista e racionalização dos impostos federais, estaduais e municipais, poderão, com grande dificuldade, salvar o regime social democrata de sua rota de implosão e destruição. É este movimento de desvio de rota do modelo anterior dilmista retirando-o da beira do precipício e levando-o a um retorno de investimentos através do saneamento das contas públicas e do meio monetário que regula a economia retomando o conceito de DIREITO Á MOEDA seja, um valor em dólar que, embora congelando ou mantendo o valor nominal da moeda real, possibilita, no entanto a sua revalorização em termos de poder aquisitivo em dólar. Se sobre a área pública os efeitos mais evidentes sejam estes, de forma simplificada, na área privada os efeitos são mais complexos pois temos uma massa salarial que foi alinhada ao processo inflacionário, através de Decreto (só Getúlio Vargas conseguiu esta façanha sob a ditadura de 37), todo o começo de ano. Ora, é exatamente este processo que incrementa através do aumento do salário estimulado pela queda de juros, baixo custo do crédito, e meio circulante inundado pelo processo de emissão, o processo de alimentação da inflação que sob nominalmente o valor do salário sendo que no entanto o mesmo já não adquiria as mesmas mercadorias perdendo assim seu poder aquisitivo paradoxalmente ou em contradição com seu aumento ou valorização numérica. Quando do início do processo inflacionário eu adverti desta política com respeito aos seus efeitos sobre a área do PIB brasileiro, seja o Agronegócio. O efeito inflacionário de desvalorização do real por Dilma e Mantega levava à uma apreciação em dólar dos insumos importados em grande maioria para o funcionamento da agricultura de exportação. Adubos, maquinários, sementes, pesticidas, produtos veterinários, etc, aumentando os custos internos de produção que já tinham o acréscimo do aumento de salário indexado somando-se ainda, em razão da queda do real, a queda da mesma forma nos preços das commodities no exterior em seu preço obtido em dólar levando a confluência de todas estas perdas a um grande baque na produção agrícola ocasionando assim a desistência, o endividamento e seu agravamento pelo setor, através de aumento dos custos dos insumos, salários e queda do valor de venda do produto. Assim é que logo passou-se a acelerar, com mais estes efeitos, a inflação em real pelo aumento dos preços de venda das commodities tentando remunerar os prejuízos advindos das correções em epígrafe. Ora, com a política atual, lenta e gradualmente haverá, mesmo sob a pressão dos salários que apreciarão em dólar, uma queda dos preços de importação dos produtos como adubos, sementes, pesticidas e produtos veterinários, fazendo com que a taxa de retorno nos investimentos rurais aumente e assim aumente o investimento e seu retorno que se espalha da mesma forma causando um incremento do consumo dos produtos industrializados e dos serviços que paulatinamente, retroalimentados pela geração do PIB agrícola retomarão aos índices anteriores, com grande dificuldade, lenta e gradualmente. Com as feridas já causadas pelo cancro comunista e anarquista que visava à debacle econômica para assim propiciar a revolução nos termos ideológicos do Foro de São Paulo, restam no entanto, as escarificações e feridas abertas que, no entanto, já foram testadas politicamente com a derrota fragorosa da esquerda nas eleições sendo que o povo repeliu a sua corrupção sistêmica e endêmica e também os “remédios” que ministrava a economia, adulando com o crescimento nominal de salário dos trabalhadores que no entanto era vazio de poder aquisitivo pois, mais e mais , precipitava-se dificultando até mesmo a sobrevivência dos operários. Se com relação ao Agronegócio as mudanças para melhor se darão a longo prazo e lentamente, com relação ao setor industrial teremos maior dificuldade pois este setor e o de serviços emprega um número massivo de funcionários sendo que o salário é, no custo de produção, o vetor mais importante e que, em razão da inflação anterior que aumentou o valor nominal do salário mas baixava concomitantemente seu valor aquisitivo, com o incremento do real frente ao dólar, através da nova política de Meireles e Temer, estes operários e trabalhadores das cidades terão um incremento, senão nominal, pelo menos um grande incremento na proporção e medida de valorização do real frente ao dólar aumentando assim seu poder aquisitivo de muitas mercadorias. No entanto, o setor industrial, comercial e serviços, manterá em razão do patamar de inflação nominal herdado anteriormente, com o incremento do seu valor em dólar, um aumento de custo ou melhor, uma verdadeira perda maior de competitividade com os produtos oriundos do estrangeiro e similares e com o encarecimento de seus custos via aquisição de commodities internas, que com a apreciação do real terão uma apreciação veraz, causando assim uma perda de competitividade interna e externa destas industrias que estão passando por um processo de desindustrialização cada vez maior ao fenômeno Guerra das Moedas que nem a França, onde estive a questão de mês, também não escapa a esta lenta substituição do setor de indústrias de menor poder agregado pelo de serviços. Assim é que sem perspectiva de uma baixa de custos que seria causada pelos salários, que em dólar já foram valorizados, pela incidência de impostos escorchantes, de uma regulação absurda que dificulta os negócios por falta de racionalização, sem uma flexibilização laboral, pelo incremento dos custos internos dos insumos nacionais em dólar e seu consequente aumento no mercado internacional e interno, o setor industrial passaria pelo seu Inferno de Dante (lasciate ogni la esperanza voi que entrate – perdei aqui todas as esperanças vós que entrais) ocasionando nos grandes setores a busca da otimização de custos através da racionalização tecnológica, informatização, pois as multinacionais ancoradas na China Comunista que pratica dumping social e dumping monetário, juntamente com vários países do leste asiático, paraíso das Transnacionais Corporations que aliaram-se aos fatores de retorno, através da segurança jurídica dos investimentos feitos, no fenômeno da GUERRA DAS MOEDAS este processo de derrocada de todos os meios regulados ou ESTADOS NACIONAIS DO DEVE SER, dejam eles ditaduras comunistas, sociais democracias, etc que em razão do alto custo de manutenção pelo Estado de SEUS DIREITOS POSITIVOS encarece sobremaneira a produção de commodities, mercadorias e produtos industrializados, para alimentar um estado paquidérmico que é agravado em seus déficits pela intermediação de PARTIDOCRACIAS CORRUPTAS no mais alto grau, como se viu e constatou aqui no BRASIL através dos vários escândalos em que dirigentes governamentais intermediavam através de polpudas e bilionárias propinas o troca troca de favores entre a área pública e privada intermediando o cartório estatal que está falindo frente a alta desregulação oriunda da mundialização e globalização. Estamos vivendo a falência do cartório estatal pois serviços como UBER dinamitam o cartório de concessões de placas aos taxis; o serviço Messenger e Whatsapp através da internet estouram os ganhos dos cartórios de concessões das antigas companhias telefônicas; as bandeiras de cartão de crédito invadem o espaço do meio circulante em moeda papel ou metal substituindo-o gradativamente pelo dinheiro eletrônico estimulado pela ganância estatal que visa, da mesma forma, eliminar a econômica informal e fiscalizar fazendo-a que pague também impostos, através do controle propiciado pela moeda dos cartões, criando outro efeito que é o esmaecimento ou a substituição do Estado Nacional que tinha como uma de suas motivações criacionais, além da segurança, prestação jurisdicional, etc, a emissão monetária em metais e depois a fiduciária em moeda papel; da mesma forma a desregulação atinge até as profissões sendo que a prostituição, mais velha das profissões do mundo, sofre a concorrência direta de produtos como o TINDER que faculta o exercício da liberdade sexual e sua prática, sem pagamento, pela simples concatenação da vontade de fazer sexo com os desejos disseminados por todos os sexos e orientações sexuais. Vivemos a época da desregulação total que atinge da mesma forma os jornais e rádios , concessionários do estado nacional, que são gradualmente substituídos pela rede social com uma veracidade de informação ainda não tão boa mas cada vez mais aguçada e que vai levando os jornais tradicionais, impressos em papel que necessita da exterminação de florestas e que causa efeito estufa, a serem paulatinamente substituídos pelos consumidores que não querem mais se intoxicarem com as emanações da tinta de impressão rica em chumbo e outros componentes danosos à saúde; da mesma forma a política que era feita através de comícios e nas velhas fórmulas tem agora, através da desregulação, a concorrência da Rede Social que mediante o uso do Facebook, twiter, linkendin, too, e outros produz um fenômeno no século XXI , do que Pierre Lévy cognominou do EU NO ENTRE SI que desbancam as velhas perspectivas causando uma revolução nos costumes que já está em plena atividade na Grécia, na Catalunha, no Egito e no Brasil dos Caras Pintadas do VEMPRÁRUAJÁ# . Assim é que a política de Meirelles e Temer, embora eivados do clientelismo das corporações enquistadas e donas do poder, que condicionam as possíveis manobras do poder em busca de um mar mais calmo para a sua sobrevivência e a do Estado Nacional Brasileiro embuído da Democracia Social aurida através de um legítimo bloco constitucional de SOCIAL DEMOCRACIA e portando , um regime altamente regulado, que não tem condições de competir na GUERRA DAS MOEDAS se não fizer as correções de rumo necessárias, como estão sendo feitas. O futuro dirá nesta saída lenta e gradual, se o povo não será enganado novamente pela esquerda populista que vende milagres econômicos no discurso e produz a ruína, como a da Venezuela e Cuba, ou se o povo ou os setores do voto responsáveis saberão escolher entre o precipício e a longa planície que se oferece num porvir de alta tecnologia num mundo e planeta em que o velho artefato político, o Estado Nacional cada vez mais esmaece suas funções originais frente a interação com o restante da comunidade das nações civilizadas. Vejo assim uma luz no fim do longo túnel que terá de ser percorrido, com grande sacrifício para o povo que deverá estar alerta para que seus representantes não traiam suas expectativas como o faziam apunhalando-os pelas costas através da destruição de seus direitos, sua moeda e sua economia, detonando com seus empregos e as oportunidades de seus filhos e da mesma forma com a pensão daqueles que deram sua contribuição à Sociedade. Esperanças….numa caminha lenta, gradual e muito difícil….com borrascas pela frente…..Um fato relevante é categórico: Para restabelecer a confiança do Povo em seus mandatários há de se reciclar completamente a área pública depurando-a dos notórios corruptos e dos adeptos da velha política de compadrio, do quem indica, do clientelismo que abastarda a produção racional e nossa redenção como nação de futuro. QUOSQUE TANDEM CATILINA ABUTERE PATIENTIA NOSTRA!

KARL MARX CONTRA KARL MARX NA GUERRA DAS MOEDAS

CONFERÊNCIA PROFERIDA NO DIA 20.10.2016 EM SESSÃO DA ACADEMIA RIO-GRANDENSE DE LETRAS NO ESPAÇO INTELECTUAL LOTHAR HESSEL.

Abstract    –  Usando dos conceitos elaborados por Karl Marx em suas obras A Ideologia Alemã, produzida com Engels e na obra Das Kapital mostra os dois conceitos de INFRAESTRUTURA E SUPERESTRUTURA esclarecendo a ambos e mostrando os modelos LIBERAL AMERICANO (CAPITALISTA) como Tese, o modelo COMUNISTA (da antiga URSS) como ANTÍTESE e o modelo vigente na Europa e no Brasil e Argentina, seja a SOCIAL-DEMOCRACIA como SINTESE. Mostra também a falha na estrutura de razão de Marx quando cotejada com a história real e afirma que a INFRAESTRUTURA TEM DE TER LIBERDADE TOTAL PARA FUNCIONAR pois quando há o abafamento, a asfixia da INFRAESTRUTURA pela SUPERESTRUTURA é isto que causa as MUTAÇÕES SOCIOLÓGICAS OU REVOLUÇÕES HISTÓRICAS preconizadas por Marx com base na cinética da INFRAESTRUTURA mas que na realidade não se efetivaram como conclusões de suas premissas teóricas. Demostra que a GUERRA como queria Mao-Tsé Tung que dizia que as guerras fazem o parto da história ou a exação fiscal exacerbada do Estado Nacional (DA SUPERESTRUTURA) é que causam as mudanças e revoluções sociológicas e históricas, contrariando assim Marx. Mostra também e demonstra que o modelo chinês real consolidado na CHINA COMUNISTA, de origem marxista leninista maoísta, com as reformas de Deng Siao Ping , em 30 anos desenvolve-se e passa a ser a segunda potência econômica mundial usando o MARXISMO (numa neo visão Granschista aliado a nova realidade das Transnacionais Corporações) contra o MARXISMO revisionista da SOCIAL DEMOCRACIA, através da competitividade de seus produtos que levam a debacle do sistema do DEVER SER SOCIAL DEMOCRATA.e estabelece a imensa crise que estamos vivendo na Europa e nas Américas principalmente no Brasil com a derrocada de todos os regimes reguladores em razão de seus altos custos oriundos de seus direitos positivos que, encaixados em seus produtos e commotie faz com que os mesmos tenham uma perda de competitividade causando a desindustrialização e a perda dos empregos em várias latitudes.

CONFERÊNCIA DO PROF. SÉRGIO BORJA AO VIVO NO FACEBOOK INTITULADA KARL MARX CONTRA KARL MARX NA GUERRA DAS MOEDAS (CLIQUE NO LINK AZUL COM O MOUSE)                  KARL MARX CONTRA KARL MARX NA GUERRA DAS MOEDAS

 

KARL MARX CONTRA KARL MARX NA GUERRA DAS MOEDAS

 

  • INFRAESTRUTURA E SUPERESTRUTURA

A profunda crise econômica por qual atravessa o Brasil e todas as democracias sociais nas Américas e na Europa são causadas pelo processo que pela primeira vez nominei, no mundo, em 15.07.1998, na coluna de Opinião do Jornal do Comércio intitulando o fenômeno como  Guerra das Moedas pois ele veio na sequência de vários outros artigos escritos na Folha de São Paulo, Brasil um Perigo Real, e também na Gazeta Mercantil, sob a editoração de Danilo Ucha, de saudosa memória, com vários títulos como O Real e o Dólar, As Bolsas e a Bolha, Ataque Especulativo, etc. Posteriormente um escritor chinês chamado Hongbing Song, em 2007, escreveu sobre assuntos similares sendo traduzido para o francês em 2013 pela editora Retour aux Sources e, também Guerra das Moedas escrito por James Rickards, e editado em português em 2014 pela editora Marcador de Queluz, Portugal. Se os dois autores que escreveram em sequência sobre o assunto eram ambos economistas destacados eu, no entanto, era um professor de Direito Constitucional,  Ciência Política e Relações Internacionais na PUCRS sendo professor de Instituições de Direito, Direito Agrário e Civil parte Geral e Obrigações na UFRGS. Digo isto em razão de que ambos os economistas, conforme a visão de Karl Marx eram peritos em INFRAESTRUTURA sendo que eu um perito em SUPERESTRUTURA. A visão de Karl Marx é detalhada em sua obra escrita em colaboração com Friedrich Engels, seu amigo inseparável, na obra A ideologia Alemã no opúsculo I. Feuerbach tendo sido retomada em sua obra O Capital. Utilizando o materialismo dialético que se projeta da realidade das relações de classes e da sua história real em perpétua guerra ele utiliza a dialética de Hegel, seu antigo professor, não mais como sistema cinético da evolução espiritual mas como processo introjetado na mecânica de relações econômicos sociais, na Sociedade Civil, INFRAESTRUTURA que se projeta para moldar juridicamente a SUPERESTRUTURA com seu direito e seu ordenamento jurídico constitucional e legal. Assim é que o mecanismo de enfrentamento das classes sociais, através da história leva ao processo dialético em que posta a tese há sempre uma antítese e deste enfrentamento gera-se uma síntese que supera o estágio anterior levando ao devir histórico que é impulsionado por este processo. Enquanto na visão de Hegel a dialética é circular a visão marxista vislumbra a mesma forma circular mas que toma um rumo de ascendência como um espiral que não tem fim no seu processo dialético sendo que a síntese anterior será a tese que futuramente será contestada pela antítese posterior e assim, num moto contínuo social, econômico e político a história é o parto deste materialismo dialético incito na economia – infraestrutura – que vai remodelando em seus ciclos contínuos as superestruturas supervenientes. Em 1946 este primeiro escrito de Marx e Engels completou 100 anos e no século vinte e um, em 2046, completará 200 anos. De lá para cá Marx e seu sistema sofreu várias interpretações.

  • MODELOS TEÓRICOS ABSTRATOS E MODELOS DE IMPLANTAÇÃO REAL (URSS, IUGOSLÁVIA, ALBÂNIA, CHINA, CUBA, ETC)

Interpretações feitas pelo próprio Marx que em escritos posteriores vários autores e estudiosos disse que ele mesmo se contradisse, especificamente com respeito a este tema, na sua primeira versão colocado na Ideologia Alemã e depois em O Capital. Além das variadas visões de Marx, que não detalhou o que seria, depois da passagem do Socialismo para o Comunismo, como seria isto ou seu esboço, mencionando, no entanto, o fenômeno de extinção do Estado Nacional como agente coator da classe social dominante, pois quando da implantação da utopia, a igualdade total, em razão disto e defluindo deste fenômeno social o Estado, que na visão marxista é uma agência repressora utilizada pela classe dominante contra as classes oprimidas, não teria mais necessidade de ser ou existir. Lênin em sua obra O Estado e a Revolução confirma esta versão mas também, de forma alguma esboça com nitidez como seria o comunismo. Assim é que a doutrina marxista é reinterpretada por vários socialistas e escritores ditos comunistas, neomarxistas, cada um possuindo uma visão e uma interpretação do que disse Marx ou do que eles pensam o mesmo ter dito. Traduttore traditore! (Tradutor traidor!) Se do ponto de vista filosófico, econômico, jurídico, e toda a abrangência possível que esta cosmovisão marxista tenha ela foi fracionada em vários modelos possíveis derivados das interpretações e releituras de Marx, da mesma forma, o século XX foi pródigo em modelos reais estatais diversificados  cujos líderes e tutores se declararam seguir o modelo comunista marxista. A URSS, tinha um tipo de organização   ( https://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=web&cd=4&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwj5zdGn1efPAhUE1x4KHRL3D1cQFgguMAM&url=https%3A%2F%2Fwww.tjrs.jus.br%2Fexport%2Fpoder_judiciario%2Fhistoria%2Fmemorial_do_poder_judiciario%2Fmemorial_judiciario_gaucho%2Frevista_justica_e_historia%2Fissn_1677-065x%2Fv7n13%2FMicrosoft_Word_-_ESTUDO_SOBRE_O_BLOCO-CONSTITUCIONAL_DA_ANTIGA_URSS.pdf&usg=AFQjCNFfqFdvnyMahFZ1hOuSqm4NFSCTZg&sig2=trTozPYQEbpxgMd4mu5TZw&bvm=bv.135974163,d.dmo  )      ; a Iugoslávia, sob Joseph Broz Tito, outro tipo de organização; a China de Mao-Tsé Tung outro tipo totalmente diferente dos primeiros; Cuba de Fidel a mesma coisa, assim como a Líbia de Kadafi e assim por diante.

 

  • O MODELO SOCIAL DEMOCRATA E SUA DERIVAÇÃO MARXISTA.

Assim é que também da teoria marxista originou-se também a chamada social democracia através do revisionismo de  Eduard Bernstein, alemão nascido em Berlim – 1850\1932; Karl Renner, austríaco, Otto Bauer, também austríaco e tantos outros que, com sua influência e seu revisionismo criaram a doutrina social democrata que se instalou no regime chamado Estado de Weimar ou Constituição de Weimar que foi a primeira constituição Social Democrata no mundo sendo que a constituição Mexicana de 1917 foi a segunda neste sentido seguindo as concepções de Carl Schmitt, que inclusive, conforme seus detratores influenciou o nacional socialismo ou foi cooptado pelo mesmo. Marx afirmava em sua obra que o comunismo entraria ou aconteceria primeiro na Inglaterra e na Alemanha que eram países altamente desenvolvidos e industrializados pois que as suas contradições internas levariam ao processo natural de engendrar a revolução interna. Ironicamente a implantação de uma versão de sua teoria apareceu na revolução de outubro de 1917, na Rússia czarista pais atrasado e com o mesmo nível de desenvolvimento da França em plena revolução de 1789, pois na Rússia desta época ainda vigia o modelo estamental de senhorios e os seus respectivos sistemas de servos.  Assim é que a Social Democracia da Europa emigrou para as Américas aparecendo no México em 1917, mesmo ano da revolução Russa, pois conforme informa o Constitucionalista mexicano Carpizo na realidade a força da revolução comunista, no México, não teria sido suficiente para impor o comunismo como foi na Rússia em que os bolcheviques marxistas leninistas  venceram os mencheviques moderados ou sociais democratas. A revolução mexicana que contestava a reeleição de Porfírio Diaz sob o comando do General Madero e das figuras de Pancho Villa e Emiliano Zapatta não conseguiu na superação de sua práxis consolidar o comunismo no México ficando um regime de meio termo ou a chamada social democracia mexicana modelo jurídico que se espraiou como exemplo para toda a América Latina e países mais relevantes como Brasil e Argentina. Da mesma forma o regime moldado juridicamente pelo constitucionalista Hugo Preuss na Constituição de Weimar depois da derrota dos espartaquistas comunistas Rosa de Luxemburgo, Clara Zetkin e Karl Liebknecht que pretendiam, a sua maneira, estabelecer a revolução socialista na Alemanha fundando Comitês, similares aos Sovietes de León Trotsky na Rússia, foram esmagados pela Social Democracia vitoriosa. Assim é que entre a primeira e a segunda grande guerra, com a crise de 1929, a visão social democrata também se espalha pelas Américas seguindo a sua predecessora mexicana surge, nos Estados Unidos da América Franklin Delano Roosenvelt que se reelege por quatro (4) períodos sucessivos e assume uma política francamente social-democrata aplicando os vetores urdidos pelo célebre economista inglês Sir Maynard Keynes. Da mesma forma a partir de 1930, no rastro do grande crasch americano, com a precipitação do mercado do café, eclode no Brasil a revolução de 1930 liderada por Getúlio Vargas e que segue a chamada democracia social como também Juan Domingo Perón na Argentina. Na visão da teoria marxista que vislumbra o condicionamento da superestrutura a infraestrutura havendo a implosão daquela por indução natural e inexorável da evolução das relações entre o capital e o trabalho que subjazem e justificam o seu conceito de luta de classes haverá necessariamente a implosão e a modificação da superestrutura que seguirá o novo desenho acomodando-se as novas relações de forças redesenhadas sob seu manto.

  • O EQUÍVOCO MARXISTA COM RESPEITO A CAUSA MOTORA

 

 Na realidade o que temos visto na história como causa de mudanças drásticas nos modelos jurídicos – superestruturas – não é o processo de aperfeiçoamento das classes justapostas, num processo natural dialético de superação, mas, mais pela visão aquela de Mao Tsé Tung quando afirma que as guerras fazem o parto da história. A este fenômeno alia-se outro que é o processo de abafamento através da exação fiscal exacerbada de uma nação sobre outro ou de um governo sobre o seu povo que cria a crise que leva inevitavelmente à sua superação. A revolução francesa na realidade é causada pelo auxílio que Luiz XVI dá aos Estados Unidos da América e suas possessões no Canadá, que levam a um aprofundamento da crise econômica através de impostos escorchantes que não dão outra alternativa à burguesia do que se declarar contra os demais estados e fundar a revolução como descreve o Abade Joseph Siéyès em sua obra O Terceiro Estado. Assim é também o processo de independência americano que sendo colônia dos ingleses protesta contra os impostos cada vez mais altos chegando ao ponto de em 1776, as treze colônias, declararem guerra à Grã-Bretanha. Em 1789 também aqui no Brasil, com Tiradentes, em Minas Gerais houve a Revolução e a luta pela independência em função de uma derrama de impostos que cobrava o quinto sobre o ouro extraído das minas. No Rio Grande do Sul, da mesma forma os impostos escorchantes em 1835 sobre uma série de produtos gaúchos levou a espoucar a setembrina ou chamada Revolução Farroupilha que levou a fundação da República de Piratini, no Rio Grande do Sul e da República Juliana em Santa Catarina. A revolução russa de 1917 foi causada pelos impostos e sofrimentos causados a população pelo czarismo, na sua sede arrecadatória para assim enfrentar a segunda guerra mundial. Na Russia, em 1905 houve como predecessora da revolução de 1917, uma grande revolução também causada pela guerra da Rússia com o Japão. Assim é que o processo dialético vislumbrado por Marx, através de seu materialismo dialético que parte da realidade da Sociedade Civil e de sua economia, suas relações intrínsecas, nunca levou ao processo de superação ou ao boom dialético de ultrapassagem e remodelação da superestrutura. Na realidade o que causa este processo não é a evolução interna mas um fator exógeno, a guerra, que drena os mercados e os recursos internos fazendo com que o estado faça um esforço cobrando impostos e vidas para custear a guerra ao inimigo ou o próprio governo, já de forma endógena, que obriga uma subdivisão política ou o seu próprio país onerando seu povo com impostos e exigências estapafúrdias que ultrapassam o limite do razoável como se reproduz no texto da Declaração de Independência Americana e nas declarações revolucionárias contra a extorsão estatal de impostos e taxas. Em 1215, nas margens do Runnymede, a Revolução contra João Sem Terra assentou a necessidade de controle sobre a exação estatal de impostos contra a população deixando este registro em várias cláusulas da Magna Cartha Libertatum, proto-constituição, fenômeno este que comprova a tese com que contesto a visão de Marx.

 

1.5    MARX CONTRA MARX NA GUERRA DAS MOEDAS

 

Intitulei este trabalho Marx contra Marx e a Guerra das Moedas em razão de que o modelo mais significativo, parâmetro de implantação do marxismo-leninismo, a URSS, União das Repúblicas Socialistas Soviéticas teve a sua debacle exatamente em razão de uma guerra que se deu no Afganistão, em 1986, sendo que a URSS, embora tivesse um exército poderosíssimo e ocupasse todo o Leste Europeu como herança da divisão oriunda da 2ª Guerra Mundial, como país emergente, embora o seu poder dissuatório atômico e a sofisticação de suas armas de terra, mar e ar, tivesse o mesmo PIB, produto interno bruto igual ao do Brasil e que, assim, na guerra do Afganistão tivesse que obrigar seu povo e das nações que lhe estavam submetidas a um esforço de renúncia sobre conforto similar ao mesmo processo que o Czar Nicolau submeteu seu pais, a velha Rússia Czarista, as duas guerras em sequência, contra o Japão e contra a Alemanha, que inexoravelmente, pelo enfraquecimento do governo, levaram a implantação de um outro regime com as modificações concernentes. Assim é que de 1986 até 1989 a URSS, com Gorbachov tentou através da Glasnost e da Perestroika implantar reformas democráticas mas as mesmas não conseguiram evitar o desabamento do império comunista que ruiu como um castelo de cartas. Todo o Leste europeu passou a fazer parte ou estar sob a influência do poder da Alemanha, que unida a França, sem um tiro e sem movimentar um tanque de guerra, fundaram a União Europeia, potência pós-nacional e federalista que unificou a Europa sob uma moeda e uma constituição que se aperfeiçoa seguindo o modelo social democrata. Com a queda do Muro de Berlim que é o nome emblemático que pode se dar a queda e a implosão da URSS, o processo de dicotomia internacional, guerra fria ou polarização internacional que agregava o planeta dividindo-o em dois mundos: O chamado mundo livre e mundo da cortina de ferro rui e é substituído pela multipolaridade tri-polar em que USA, UE E ASEAN passam a dar as regras ao sistema mundial.  A China comunista após a morte de Mao Tsé Tung e as reformas implantadas por Deng Xiaoping fixou sua prioridade sobre a modernização. Foi assim que um modelo marxista real alternativo aos outros que haviam desabado mantém sua superestrutura, seja seu estado comunista funcionando dentro dos parâmetros adotados de ditadura do proletariado e partido único mas, no entanto, liberando as cidades litorâneas de Shebzhen, Guangzhou e Shanghai, que começaram a atrair primeiro os capitais de Hong Kong e posteriormente do restante do mundo. Assim é que num escalonamento nunca jamais visto esta liberdade de produção e comércio na INFRAESTRUTURA assegurando a remuneração dos capitais aplicados fez com que a China se tornasse no paraíso do Inversão Direta Estrangeira sobrepujando inclusive, posteriormente, as inversões feitas nos Estados Unidos da América e passando assim, através do uso de uma mão de obra barata de mais de 900.000 milhões de trabalhadores causar uma sinergia incrível na produção e no comércio internacional. Através do dumping social e do dumping monetário, significa dizer que com uma mais valia altíssima frente ao baixo preço de remuneração de trabalhadores que não possuem os mesmos direitos dos ocidentais e das democracias sociais ( custo social , jornada de trabalho, horas extras, insalubridade, periculosidade, gestante, férias, décimo terceiro). Assim em face da ausência destes direito e de uma moeda rebaixada ao máximo frente ao dólar a ditadura comunista equalizou o processo da alimentação de seu povo e da moradia, com custo baixo, fazendo com que o custo de manutenção dos trabalhadores, comparados com o ocidente, fossem muito baixos o que atraiu ainda mais capitais ocidentais pois as TNCorporations, com a queda do muro de Berlim e a falência da antiga URSS passaram, através desta aliança com o comunismo ou sua versão marxista chinesa a gozar de garantias e segurança para investir em solo chinês podendo usufruir do retorno de ganhos em razão do baixo custo de imobilizado, mão de obra barata, em face também do valor monetário rebaixado perante estas moedas fortes como dólar, euro e demais moedas. Assim é que este contingente de operários de custo baixo gerando uma sinergia nunca jamais sonhada potencializa com seu número astronômico assim como que um alto nível de mais valia e retorno ao capital aplicado atraindo assim, cada vez mais os capitais forâneos. Este processo aliado a exportação e ganho dos mercados através de uma política de preços altamente competitiva desloca os produtos produzidos no primeiro mundo e nos países emergentes pois o custo de seus operários, nos EUA, ou na Europa, social democrata, são astronômicos frente aos custos asiáticos. Da mesma forma o processo de desindustrialização europeia e americana e sua substituição paulatina por serviços com o tsunami de mercadorias oriundas da China e da Ásia levam a crise na Europa e nas Américas em razão do sistema altamente regulado, dos impostos altos advindos do sistema social democrata que onera o custo dos trabalhadores, em razão do custo social trabalhista e previdenciário, da moeda alta, que fazem com que os PIGS, dentro da Europa e a França, mais do que a Alemanha, passem a enfrentar uma forte recessão. Na América, com relação ao Brasil e Argentina as mercadorias asiáticas e chinesas invadem da mesma forma produzindo o mesmo efeito de liquidar a indústria nascente nacional ou até substitui-las em face da qualidade e competitividade dos preços destes produtos oriundos da Ásia em razão de seus custos baixos tanto trabalhista como o monetário o que redunda num baixo custo de produção e um preço de venda menor que o preço de produção dos países americanos e europeus, com qualidade senão similar bem aproximada. Os superávits do balanço de pagamento chinês logo logo, em dólar vão pressionar de novo, como um efeito bumerang, os países emergentes que são produtores de commodities pois pressionados pelo efeito guerra das moedas passam a exportar suas commodities mas, ao mesmo tempo emitem ou expandem seus meios de pagamentos, meio circulante, fazendo com que haja a queda da moeda e também seja gerado um processo inflacionário que corrói o poder aquisitivo de seus trabalhadores públicos e privados fazendo com que, ao mesmo tempo que exportam commodities para a Ásia em grande abundância para financiar o seu balanço de pagamentos e torna-lo senão superavitário pelo menos que o déficit seja menor, fazendo com isto que a demanda externa pela exportação, encareça o preço das commodities internamente frente a queda do poder aquisitivo de sua população, que com sua moeda, não consegue manter o mesmo patamar de conforto que possuía antes gerando ao mesmo tempo um aumento de custo interno e o começo de uma demanda social por aumento de salários que levam ao desequilíbrio e a um processo inflacionário cíclico e continuamente alimentado por este moto contínuo. O Estado deficitário aumenta impostos e não tendo mais capacidade para tal esbarra em limites que se revelam em fissuras em seu pacto federativo, na falência de estados e municípios que não conseguem arcar nem com suas despesas de custeio. Assim é que o estado social democrata financia grande parte dos direitos positivos nascidos com a social democracia, como saúde, escolas, segurança, e mais os tradicionais atinentes a manutenção dos Poderes que passam a ser asfixiados gradativamente frente ao desabamento da economia em razão do aumento dos custos e da perda referencial do direito à moeda que faz com que a produção interna seja ela de commodities ou aquela na visão de Colin Clark, atividade primária, secundária e terciária, seus produtos, se precipitem levando ao estalido social e ao agravamento do processo de segurança. O que se vê pelo mundo é que depois da crise dos PIGS que continua e merma um pouco em razão dos investimentos e empréstimos da Alemanha que sobrecarregam o Deutsh Bank candidatando-o, conforme comentários, a possível bola da vez.  O que podemos dizer é que no frigir dos ovos o resultado que se tem no mundo é que um modelo alternativo marxista, a China e sua produção aliada ao capital das Transnacionais Corporations, utilizando como se fora uma reinvenção não da fórmula preconizada por Antonino Granschi, neo-marxista em seus Quadernos, através da união da Superestrutura do Estado Comunista Chinês que, com inteligência constatou através de sua massa crítica que a INFRAESTRUTURA deve ser liberada ou livre para comerciar e produzir com regras que assegurem a remuneração do capital, faz com que esta sinergia atraia capital e tenha produzido o maior fenômeno capitalista jamais visto no planeta, seja que a China comunista no espaço de 30 anos tenha chegado ao lugar de segunda potência mundial logo abaixo dos Estados Unidos da América e, que como modelo oriundo da revolução marxista, produza contraditoriamente, a falência dos modelos sobreviventes do marxismo, seja as sociais democracias que frente aos seus custos trabalhistas e de custeio dos direitos positivos e de sua alta regulação tornam seus custos de produção inviáveis na competitividade com os produtos oriundos da China vencedora. Assim é que todas as regulações ou países de regulações, sejam ditaduras ou democracias sociais democratas passam a ser assediadas por este processo tendendo a serem suplantadas e implodirem nos seus princípios.  Então estas nações estão sofrendo o mesmo tipo de asfixia que Mao Tsé Tung preconizava para o parto da história, a guerra. Não uma guerra revolucionária interna como foram as revoluções burguesas em razão dos impostos de sua superestrutura sobre suas infraestruturas mas o ataque da INFRAESTRUTURA POTENCIALIZADA CHINESA RACIONALIZADA E ADMINISTRADA POR UMA SUPERESTRUTURA prima irmã de origem ideológica dominada pelo Partido Comunista Chinês. Voltaria à pauta a afirmação de Leon Trotsky em sua obra a Revolução Russa no sentido de que o socialismo deveria se expandir para todo o mundo pois se ficasse num pais, opção de Stálin que mandou matar Trotsky no México, repito, pois se ficasse segregado num só estado ou em poucos, liquidar-se-ia pela concorrência do mundo livre externo. Assim é que os modelos de alta regulação da América Latina passarão a ruir gradativamente pois não têm possibilidade de manter competitividade com estes estados da Ásia e a inteiração internacional, através do comércio levará a implosão destes regimes se não fizerem profundas reformas de desregulação, de garantia da propriedade, de racionalização e queda dos impostos permitidas por uma retirada do estado de áreas que já estão semi privatizadas como educação, saúde e a segurança. O sistema político e a legislação deverá passar também por uma racionalização e tornar-se enxuto para permitir a liberdade da INFRAESTRUTURA como a China e os Estados Unidos permitem para que assim os negócios funcionem. Um sinal do problema que se agrava dia a dia é o crescimento mais e mais da informalidade. No Brasil 59% da força de trabalho não tem a carteira de trabalho assinada embora exista um Ministério do Trabalho que fiscalize e uma Justiça do Trabalho. Somente 30 % dos dissídios individuais passam na Justiça pois o resto é absorvido pelo sistema como prejuízo dos trabalhadores. Assim é que as atividades formais enfrentam um alto custo de impostos e direitos sociais e de burocracia para o seu funcionamento sendo que este universo é de 50% de toda a atividade econômica não tendo condições e sendo onerado pelo custeio gratuito para todo o restante da população que é informal e usa estradas, colégios, previdência e saúde sem contribuir com um tostão para isto o que onera violentamente estes contribuintes formais encarecem os serviços do estado que compensa este custo com sua fome fiscal agravando mais e mais a sua autofagia e seu desabamento e implosão autoprogramada por um cegueira inconsequente que se mantém refém dela mesma rumando para o fim. Socialistas, Comunistas e Democratas-Sociais todos herdeiros alternativos dos vários modelos oriundos da matriz marxista combatem o capital desdenhando o exemplo histórico da China que liberalizou e deu abertura á sua INFRAESTRUTURA através da organização metodológica de sua administração ou seja de sua SUPERESTRUTURA que teve este ganho de visão remodelando a visão marxista através , pode-se dizer assim, de um neo granchismo inovador, não de autofagia de classes sociais mas da fagia dos primo irmãos sócias democratas, que perdem seus mercados frente as mercadorias produzidas pelos primo irmãos chineses. Este é um paradoxo hilário e risível mas é a verdade anatômica do processo que estamos atravessando.

FLOR

EU ME LEMBRO DESTA FLOR
DIGO DESTE INSTANTE
HÁ CINCO ANOS ATRÁS!
MENTE…A MENTE MENTE
SEM PUDOR E ETERNAMENTE
TERNAMENTE
É UMA QUESTÃO DE SOBREVIVÊNCIA
POIS O ÚLTIMO ORGASMO SOBREPUJA
E SOBREPÕE O OUTRO DEPOIS DA OUTRA
E DO OUTRO
NO MOMENTO DA FLOR E DO PRAZER
LANCINANTE QUASE DOR
VEM O TORPOR E A LASSIDÃO
E A BOCA AFOGA BEIJOS
E MENTE QUE O ÚLTIMO LAMPEJO
É A PRÓPRIA SEMENTE VAGINDO
PROMESSAS ETERNAS E JURAS
PERENES
PÉTALAS IMARCESSIVEIS
CONTRATOS SELADOS
POR PALAVRAS
INCORROMPIVEIS
MENTIRA
HUMANA MENTIRA
BENDITA MENTIRA
QUE ADULA A TESÃO DOS OUVIDOS
A GULA INSACIÁVEL DOS SENTIDOS
A SEDE IMORREDOURA
DOS TEUS BEIJOS BANIDOS
E MUITO BANDIDOS!